Coluna Nutrição: Como a Nutrição pode ajudar na Síndrome dos Ovários Policísticos?

A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma doença de caráter endócrino-metabólica sendo mais comum em mulheres em idade fértil. Essa desordem se caracteriza por diversos sintomas, como a disfunção ovulatória, hiperandrogenismo, amenorreia, hirsutismo, além de estar relacionada a complicações metabólicas como a obesidade e a resistência à insulina. (Salomon et al., 2022).

As fontes do ômega-3 mais popularmente conhecidas, como, o salmão, a sardinha e o atum, são considerados peixes gordurosos. Além dos peixes, alimentos à base de plantas, como, as sementes e as nozes, tem em sua composição o ácido alfa linolênico, sendo um importante precursor de EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (docosahexaenoico). Os ácidos graxos ômega-3 têm um papel importante no âmbito da síndrome dos ovários policísticos, por apresentarem efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, que induzem impactos positivos na melhora da sensibilidade à insulina (Calcaterra et al., 2021).


A canela é uma especiaria utilizada por diferentes culturas e é obtida através da casca interna da árvore Cinnamomum. Além dos benefícios já conhecidos da canela para a nossa saúde, como, ajudar na regulação menstrual, melhora dos distúrbios respiratórios e digestivos e no controle da glicemia, ela é um importante coadjuvante na saúde da mulher com a síndrome dos ovários policísticos. Apesar da suplementação da canela ter conseguido alcançar efeitos positivos em mulheres com SOP, vale ressaltar que não necessariamente a suplementação seria a primeira opção terapêutica, visto que a disponibilização da canela na alimentação no dia a dia já conseguiria alcançar tais efeitos. (Heshmati et al., 2020).


Segundo a Diretriz da Organização Mundial de Gastroenterologia (2017), probióticos são microrganismos vivos que sendo administrados da forma correta oferecem benefícios relevantes à microbiota intestinal. De acordo com Calcaterra et al., (2021) essa definição se confirma aplicando-se também à mulheres com SOP, trazendo efeitos benéficos na estrutura da microbiota intestinal e na sua homeostase, assim como melhora no índice de androgênios livres, índices inflamatórios, auxiliando na redução do ganho de peso e corroborando na secreção de insulina. (Salomon et al., 2022).


O estilo de vida saudável tem se mostrado um importante fator no auxílio do tratamento da SOP. A orientação nutricional a uma alimentação adequada em conjunto à prática de exercícios físicos tem-se mostrado uma estratégia eficaz no tratamento prolongado dos sintomas da SOP. A redução do peso corporal está evidentemente relacionada à diminuição dos processos inflamatórios, uma vez que essa redução em mulheres com a síndrome mostra-se capaz para a melhora da sensibilidade à insulina, visto que há uma ligação direta com o acúmulo de gordura abdominal e o nível de insulina basal (Azevedo et al., 2008).

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