O endividamento das famílias brasileiras apresentou sua primeira queda em sete meses, alcançando 78,1% em julho, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC. O recuo de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior foi influenciado pelo lançamento do Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de Pessoas Físicas Inadimplentes (Desenrola Brasil). Embora o índice geral tenha diminuído, houve aumento nas dívidas em atraso (29,2% para 29,6%) e nas pessoas que declararam não poder pagar as dívidas futuras (12% para 12,2%).
O Desenrola Brasil, que renegocia dívidas de pessoas de renda baixa, começou a impactar positivamente, principalmente nas faixas de renda média. A economista da CNC, Izis Ferreira, prevê uma redução mais expressiva no endividamento de pessoas de baixa renda no último trimestre do ano. No entanto, a pesquisa também apontou um aumento nas dívidas atrasadas e na proporção de pessoas que não conseguem pagar as dívidas futuras.