Coluna Nutrição – Vamos conhecer o suplemento chamado: Creatina

No início do século 20, as pesquisas sobre creatina começaram a ganhar espaço. Estudos relatavam que nem toda a creatina ingerida era encontrada na urina, indicando que o organismo armazenava uma parte. A partir dessa constatação, novas descobertas foram realizadas, tais como a influência da ingestão de creatina sobre seu conteúdo muscular, a concentração total de creatina em seres humanos, e até a existência de formas diferenciadas da creatina, como creatina livre e creatina fosforilada. (Mendes, 2002).
A creatina é utilizada para aumentar o desempenho físico e massa muscular, bem como retardar o processo de fadiga. (Hunger e colaboradores, 2009).


O consumo de creatina está crescendo entre indivíduos fisicamente ativos e atletas de diversas modalidades, devido aos seus possíveis efeitos ergogênicos sobre o desempenho anaeróbico e na hipertrofia muscular. (Carvalho, Molina e Fontana, 2011).


A creatina (ácido α-metil guanidino acético) é uma substância produzida pelos rins, fígado e pâncreas, por meio dos aminoácidos arginina e glicina. É também encontrada na alimentação, principalmente em carnes vermelhas e peixes. (Gualano e colaboradores, 2008).


Atualmente a creatina é encontrada nas formas monohidrata, micronizada, alcalina, étil ester e fosfato, podendo ser em pó, gel, líquidos, barras e goma. A creatina fosfato é menos utilizada por seu maior custo de produção, mas contém os mesmos efeitos ergogênicos sobre a massa muscular. A creatina micronizada possui partículas menores, dissolve-se melhor em líquidos, possuindo uma maior absorção intestinal (Williams e Branch, 2000). A creatina monohidratada é um pó branco solúvel em água sendo a mais comum, mais barata e mais estudada em artigos, sendo composta por 88% de creatina e 12% de água tendo uma absorção mais fraca (Peralta e Amancio, 2002).


Não há evidencias sustentáveis na literatura de que a creatina possa apresentar riscos à saúde de homens saudáveis, porém existem inúmeros casos na literatura indicando que a creatina possa prejudicar a função renal quando consumida de forma indiscriminada. Para não oferecer riscos à saúde sugere-se aos sujeitos saudáveis que consomem regularmente esse suplemento que não ultrapassem a quantidade de 5g/dia, pois não há evidências científicas suficientes que garantam a segurança da ingestão acima dessa dosagem, em longo prazo (Gualano e colaboradores, 2008).


É importante ressaltar que a suplementação deve ser prescrita por um profissional habilitado, levando em consideração o tipo de atividade física, duração e condições fisiológicas do indivíduo.

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