Você já ouviu falar em Sarcopenia?

Estudos prévios descreveram alterações da composição corporal com o envelhecimento, como redução do teor de água, aumento de gordura e declínio da massa muscular esquelética. A Sarcopenia é uma das variáveis utilizadas para definição da Síndrome de Fragilidade, que é altamente prevalente em idosos, conferindo maior risco para quedas e fraturas. Estima-se que, a partir dos 40 anos, ocorra perda de cerca de 5% de massa muscular a cada década, com declínio mais rápido após os 65 anos. (Szejnfeld et al., 2006).


Com o avançar da idade, é comum ocorrer declínio de mais de 15% do gasto metabólico basal. A redução da ingestão alimentar, a “anorexia do envelhecimento”, é fator importante no desenvolvimento e progressão da Sarcopenia, principalmente quando associada a outras comorbidades. Múltiplos mecanismos levam à ingestão alimentar reduzida no idoso, tais como perda de apetite, redução do paladar e olfato, saúde oral prejudicada e saciedade precoce. Fatores psicossociais, econômicos e medicamentos também estão envolvidos. (Szejnfeld et al., 2006). Entre os fatores que podem influenciar no menor consumo alimentar, destacam-se ainda o isolamento social, a depressão e a viuvez. (Rosa, 2019).


A inatividade física é um fator contributivo importante para a Sarcopenia relacionada ao envelhecimento. Homens e mulheres idosos com menor atividade física têm também menor massa muscular e maior prevalência de incapacidade física. A prática regular de exercícios, desde jovem, lentifica a perda muscular do idoso. E a intervenção mais eficaz para prevenção e recuperação da perda muscular são os exercícios de resistência. (Szejnfeld et al., 2006).


A Sarcopenia associada ao envelhecimento é um processo lento, progressivo e aparentemente inevitável, até mesmo naqueles indivíduos que praticam exercícios físicos regularmente. Suas conseqüências afetam diretamente a funcionalidade e qualidade de vida de muitos idosos, com sérias repercussões sobre os aspectos sociais, econômicos e de saúde. (Szejnfeld et al., 2006).

Débora Cherfan – Nutricionista Clínica formada há 16 anos pela Universidade Veiga de Almeida.
Pós graduada em Nutrição Clínica pela Faculdade São Camilo e em Nutrição Clínica Ortomolecular , Biofuncional e Fitoterapia pelo Centro Universitário Redentor.- UniRedentor. Mestre em Fisiopatologia Clínica e Experimental pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

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