A Diabetes Mellitus é uma doença crônica não-transmissível (DCNT) caracterizada pela hiperglicemia oriunda de defeitos na secreção e/ou ação de um hormônio chamado Insulina, o qual é produzido pelo pâncreas. Tem importância mundial e vem se tornando um problema de saúde pública.
A incidência da doença aumentou consideravelmente nos últimos anos. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam uma importante causa de morbidade e mortalidade no mundo. Como sendo fatores de risco determinantes para a Diabetes Mellitus podemos citar: maior consumo de dietas hipercalóricas e com elevado teor de carboidratos, sedentarismo, histórico familiar e sobrepeso / obesidade. No Brasil, as cidades das regiões Sul e Sudeste, consideradas de maior desenvolvimento econômico do país, apresentam maiores prevalências da doença.
Portadores de obesidade abdominal, com maior deposição de gordura visceral característica, apresentam maior risco para desenvolvimento de DM2. Portanto, manter um peso adequado em relação à altura e valores adequados de circunferência abdominal tornam-se fundamentais. A recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de que a circunferência abdominal não ultrapasse 102cm nos homens e 88cm nas mulheres.
De acordo com relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre dieta, nutrição e prevenção de doenças crônicas não-transmissíveis (DCNT), o consumo alimentar habitual constitui um dos principais fatores determinantes passíveis de modificação para DCNT. A alimentação tem papel fundamental para o controle da doença e prevenção de suas complicações.
O estilo de vida do paciente diabético, incluindo fatores como sedentarismo, alimentação e até mesmo a maneira que ele controla os seus níveis glicêmicos através do tratamento, influenciam nas complicações advindas do DM2. Logo, é de extrema importância o controle dos níveis glicêmicos, uma vez que a persistência dessa hiperglicemia pode culminar em complicações agudas, como, cetoacidose diabética, coma hiperosmolar não-cetótico, e, também em complicações crônicas, como as microvasculares (neuropatia, retinopatia e nefropatia periféricas) e macrovasculares (doença arterial coronariana, doença cerebrovascular e vascular periférica). No entanto, as complicações do diabetes são menos comuns e graves em pessoas com bom controle glicêmico.
Para o efetivo ajuste no estilo de vida e manejo adequado da doença, torna-se necessário o desenvolvimento de atividades de autocuidado, que incluem a adesão a uma alimentação saudável, prática regular de atividade física, monitorização da glicemia e uso do medicamento, contribuindo, assim, para um gerenciamento satisfatório do DM2.
Bjs da Nutri. Débora Cherfan
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Débora Cherfan – Nutricionista Clínica formada há 16 anos pela Universidade Veiga de Almeida.
Pós graduada em Nutrição Clínica pela Faculdade São Camilo e em Nutrição Clínica Ortomolecular , Biofuncional e Fitoterapia pelo Centro Universitário Redentor.- UniRedentor. Mestre em Fisiopatologia Clínica e Experimental pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).