A obesidade é definida pela OMS como “uma doença na qual existe uma acumulação excessiva de massa gorda, de tal forma que a saúde pode ser adversamente afetada”.
A Obesidade Infantil é uma condição de saúde grave que tem aumentado nos últimos anos e caracterizada pelo excesso de peso entre crianças de até 12 anos de idade. O ambiente moderno é um potente estímulo para a obesidade. Vários fatores são responsáveis por este problema: uma alimentação inadequada (maior consumo de produtos ricos em açúcares e gorduras) e o sedentarismo (falta de exercício físico, aumento do tempo gasto com jogos eletrônicos e maior exposição à telas) parecem ser as principais causas do excesso de peso, acarretando em diversos problemas de saúde como por exemplo, Diabetes Mellitus Tipo 2, Hipertensão Arterial, e, Colesterol elevado.
O ambiente familiar influencia o desenvolvimento da obesidade na criança. Hábitos de ingerir fast-food, alimentos ricos em gorduras, bebidas gaseificadas, alimentos ricos em açúcar e excessiva quantidade de comida ingerida às refeições são hábitos da família que podem levar à obesidade infantil.
Muitos dados indicam que o excesso de peso na infância é o primeiro indício da história natural da obesidade. Segundo vários outros estudos, é comum que as crianças com excesso de peso e obesas se tornem adultos obesos.
O tratamento da obesidade pode compreender três formas: tratamento comportamental, tratamento farmacológico e tratamento cirúrgico.
O tratamento comportamental, com orientação dietética, aumento da atividade física e mudança de hábitos de vida é a primeira escolha na abordagem da obesidade infantil e, para muitas crianças, é totalmente eficaz. Deve-se encorajar a ingestão de fibras e desestimular a ingestão de alimentos ricos em colesterol e gordura saturada, bem como o uso excessivo de sal e açúcar refinado. A atividade física, por sua vez, diminui o IMC, diminui o percentual de gordura corporal, reduzindo assim a pressão arterial sistólica e diastólica e aumentando os níveis séricos de HDL-Colesterol (também conhecido como “Bom Colesterol”).
A tentativa de mudanças nos hábitos de vida das crianças obesas torna-se essencial, promovendo-se o estímulo para a prática de exercício físico, assim como estimulando a criança a realizar refeições saudáveis e equilibradas. É importante salientar que o tratamento da criança obesa não pode ser isolado da família. Deve-se incluir na prática diária das crianças e adolescentes obesos atividades simples e espontâneas, tais como: brincar, correr, saltar, ir a pé para a escola, entre outras.