Do início da Pandemia de Covid-19, em março de 2020, até janeiro de 2022, pelo menos 1.449 crianças de até 11 anos morreram vítimas da doença. As informações são de um levantamento do Instituto Butantan.
A doença está entre as 10 principais causas de morte de crianças e é causa de síndrome que afeta o coração e pode matar.
A vacinação para as crianças de 5 a 11 anos, aprovada pela Anvisa em 16 de dezembro com a vacina pediátrica da Pfizer, trouxe esperança para muitos pais, mas gerou apreensão em muitos outros.
Em Araruama, por exemplo, que tem cerca de 10 mil pessoas nessa faixa etária, segundo o IBGE, aproximadamente 5,6 mil haviam tomado a 1ª dose até o começo de fevereiro, uma adesão de cerca de 56%.
Outra cidade da Região dos Lagos, São Pedro da Aldeia apenas 861 crianças foram vacinadas, de um total de 7 mil, ou seja, 12,30% do público.
Ao Portal Costa do Sol, a infectologista Apparecida Monteiro alertou para a importância da vacinação desse público, em especial, no contexto de volta às aulas presenciais.
“A imunização da faixa visa diminuir formas graves e óbitos por Covid-19 nesse grupo etário e reduzir a transmissão do vírus, sendo importante para o retorno das atividades escolares presenciais. Sabemos que o risco de complicações pela covid é infinitamente maior que qualquer efeito adverso da vacina”, pontuou.
“A volta às aulas sem vacina põe em risco não só as crianças como também professores e familiares, pois existirá maior risco da circulação de vírus”, concluiu Apparecida.
Sobre a baixa adesão da campanha, a médica foi direta e a atribuiu à desinformação.
“A baixa adesão à vacinação se deve principalmente à desinformação. As fake news assustam os pais. Tenho me deparado com pessoas teoricamente esclarecidas com inúmeras perguntas. Precisamos superar a desinformação”, disse a especialista.
“Precisamos disseminar informações de órgãos sérios, como a Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira de Imunizações”, recomendou Apparecida.
A jornalista Fernanda Santana acompanhou as campanhas de vacinação e ficou muito feliz em saber que ia poder levar a filha, Maria Gutierres Santana, de 5 anos, para vacinar.
“Quando começou a se falar em vacina, veio a esperança. Fiquei muito feliz quando liberaram as vacinas para as crianças. Fui sem medo de dar a vacina”, afirmou.

A menina foi vacinada assim que o calendário de Araruama foi aberto para a faixa etária dela. Segundo Fernanda, todo o processo da vacinação ocorreu de forma tranquila e organizada.
“Levei somente meu documento e o dela e ela foi vacinada. Ela não teve nenhuma reação. Só sentiu dor no braço, mas nada de febre ou coisa parecida”, ressaltou Fernanda.
A filha ficou satisfeita em tomar a vacina e saber que estava protegida e a mamãe muito aliviada com o retorno das atividades escolares da menina já parcialmente imunizada.
“Agora, com a vacina, eu tô bem mais segura. Até mesmo com relação à escola, a volta às aulas. Quando tiver a 2ª dose, vou levá-la para tomar”, concluiu Fernanda.
