Sexualidade e prazer feminino: tabus que precisam ser quebrados

Desde muitos séculos atrás o gênero feminino é silenciado, e questões sobre a sexualidade feminina também são consideradas um tabu. Hoje, mesmo com algumas barreiras já quebradas, a cultura levada à sociedade é de que falar sobre corpos femininos é obsceno, por isso, a sexualidade das mulheres ainda é mal encarada e precisa ser desconstruída.  

A psicóloga e sexóloga Ingrid Marques explica que ainda é bem comum encontrar mulheres que não se sintam à vontade para falarem sobre sua sexualidade e ainda enfatiza que essa “censura” pode causar conflitos nas relações pessoais e afetivas do gênero.  

A sociedade durante muito tempo teve poder para impor padrões sociais, comportamentais e sexuais sobre o corpo feminino, e isso pode gerar diversos conflitos, principalmente dentro de relações em que questões religiosas e o machismo prevalecem

Psicóloga e sexóloga Ingrid Marques. Reprodução: Arquivo Pessoal

Ingrid pontua que uma vida sexual saudável não diz respeito apenas ao prazer, mas também a conhecimento no próprio corpo. Aliado a isso, a satisfação sexual é mais fácil de ser encontrada. Ela ainda destaca que a terapia auxilia diretamente no processo de autoconhecimento. “Uma mulher que tem conhecimento do seu corpo entende onde sente prazer, conversa sobre isso abertamente em uma relação e se sente muito melhor consigo mesma”

“Não é só sobre sexo ou masturbação, mas sobre autoestima, saúde e autocuidado!”

A sexóloga ressalta que o prazer feminino está ligado à saúde física e mental de uma mulher e que o autoconhecimento independe da idade ou estado civil. “Mais da metade das mulheres que têm vida sexual ativa não atingem o orgasmo durante a relação sexual e isso pode acontecer por diversos motivos, como uso de medicações contínuas, traumas, disfunções sexuais. Mas muitas vezes também pode ocorrer pela falta de comunicação com o parceiro, por isso é muito importante o autoconhecimento sobre o próprio corpo”  

A ginecologista Tatiana Porto afirma sobre a importância de procurar um psicoterapeuta ou sexólogo para tratamentos relacionados ao prazer sexual, já que o ginecologista não atua sozinho nestes problemas. “O médico ginecologista pode identificar doenças ou alterações que atrapalham o prazer sexual, porém na maioria das vezes esse problema não é simplesmente físico, então será necessária uma abordagem multidisciplinar”

Ginecologista e obstetra Tatiana Porto. Reprodução: Arquivo Pessoal

Além disso, Tatiana salienta que é de extrema relevância a mulher conhecer sobre sua anatomia, pois pode despertar mais segurança sexual e no próprio corpo.  

Sabendo como é a normalidade anatômica e suas variações, a mulher fica mais tranquila e segura com suas diferenças, e isso vai refletir diretamente na sexualidade. Além de conseguir perceber mais facilmente qualquer modificação não dentro do esperado e que precise da ajuda de um profissional

Para marcações, o telefone de contato da ginecologista Tatiana Porto é: (022) 998431213 e o consultório fica localizado na Av. Brasil 141, Araruama. Já a sexóloga e psicóloga clínica Ingrid Marques, está disponível através do Instagram: @psi.ingridmarques e neste formulário de atendimento: https://forms.gle/uZnfmyNsT7WmwiXz5

Por Virgínia Carvalho- Estagiária sob supervisão de Renata Castanho

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