Secretaria de Saúde de Cabo Frio reúne equipe para discutir medidas contra homofobia

Com o objetivo de garantir a segurança de servidores públicos e pacientes, após atos de violência e homofobia ocorridos no ambulatório Demétrio Campos, voltado para o atendimento à saúde da população travesti e transexual, a secretaria de Saúde de Cabo Frio promoveu uma reunião, nesta quarta-feira (20), com a participação da coordenadoria de Direitos Humanos e da Superintendência LGBTI+.

No encontro, convocado pela secretária Érika Borges, estiveram presentes a secretária Adjunta de Vigilância em Saúde e Atenção Básica, Kainá Gago; o diretor administrativo do ambulatório, David Machado; o coordenador de Direitos Humanos, Felipe Fernandes; e o superintendente de Políticas Públicas LGBTI+, Pedro Rosa.

O ambulatório, localizado no bairro Porto do Carro, foi inaugurado em dezembro de 2021 e, neste período, já realizou cerca de 1.500 atendimentos. Atualmente, há 60 pacientes cadastrados, sendo 28 de outros municípios.

“Cabo Frio está como referência no atendimento às pessoas travestis e transexuais. A unidade está indo bem, pacientes bem acompanhados, mas o preconceito e os atos de violência têm preocupado a equipe. Entendemos que é necessário falarmos sobre o tema e oferecermos cada vez mais oportunidades à população que é vítima de preconceito”, disse David Machado.

Na reunião, o superintendente de Políticas Públicas LGBTI+, Pedro Rosa, destacou que o ambulatório oferece a possibilidade de equidade à população vítima de discriminação.

“As pessoas precisam rever os conceitos. É importante ressaltar que não existe prioridade ou benefício a nenhum grupo. É uma questão de equidade e isonomia. É dar direito de acesso à saúde também”, diz Pedro.

Para a secretária de Saúde, Erika Borges, é necessário implantar várias frentes de atuação para o combate do preconceito e homofobia, principalmente, nas unidades de serviço público.

“O Sistema Único de Saúde é para todos. Nossa gestão busca atendimento igualitário para todo cidadão. Além disso, repudiamos qualquer ato de violência e preconceito. Vamos permanecer atuando com treinamento, capacitação da nossa equipe para realizar o melhor acolhimento para os pacientes e oferecer estrutura para se sentirem seguros em nossas unidade de saúde”, contou Erika.

No encontro, os representantes definiram que haverá a expansão da capacitação dos profissionais de saúde para realizar o atendimento da população travesti e transexual, contratação de um vigia para a unidade e reorganização do fluxo interno e da estrutura atual do imóvel.

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