O Carnaval no Brasil é considerado a maior festa de rua do mundo. Fora do Anhembi paulistano e da Sapucaí carioca, é nas ruas que os brasileiros dão show de criatividade e atraem milhões de turistas de todo o mundo.
Na Região dos Lagos, com todos seus potenciais turísticos, não é diferente. Praticamente todos os municípios têm um bloco de destaque para chamar de seu, seja o das Piranhas de Araruama ou o das Virgens de Saquarema, tem opção para todo mundo.
Porém, pelo segundo ano consecutivo, a tradição vai ficar de lado. A escalada de casos da COVID-19 e da Influenza no Estado do Rio fez com que as prefeituras restringissem a folia nos municípios.
Com exceção de Cabo Frio, que deve se posicionar nesta segunda-feira (17), todas já se manifestaram no sentido de suspender a programação de Carnaval, que, neste ano, será na última semana de fevereiro.
A primeira cidade da Região dos Lagos a anunciar o cancelamento da folia de rua foi Araruama. O decreto da prefeita Lívia Bello (PP) foi publicado no dia 5 de janeiro, um dia após Rio de Janeiro, Maricá e Niterói anunciarem medidas similares.
No caso de Araruama, está permitido o funcionamento de matinês em casas de shows, clubes e salões de festas até às 23h, com redução de 50% da capacidade de lotação. O público deve apresentar comprovante de vacinação de 2ª ou 3ª dose contra a COVID-19 e usar máscara.
Confirmando o vanguardismo das mulheres na região, Manoela Peres (DEM), de Saquarema, foi a segunda a publicar um decreto de cancelamento do Carnaval. Inicialmente, no documento publicado no dia 07 de janeiro, seriam permitidas festas em locais privados.
Contudo, em uma reedição do decreto, publicada no dia 12, foi vedada essa permissão. Apenas será permitida a realização de música ao vivo ou mecânica em bares e restaurantes. Pistas de danças não estão liberadas e os frequentadores devem apresentar comprovante vacinal.
Em Iguaba Grande, a folia de rua foi cancelada no dia 10 de janeiro. O prefeito, Vantoil Martins (CID), fez o anúncio durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais. No mesmo dia, o prefeito de Arraial do Cabo, Marcelo Magno (PL), publicou um decreto com a mesma determinação.
No caso do Cabo, além do Carnaval, foi cancelado o Festival de Verão, que teria apresentação de músicos como Paulinho Moska e Mart’nália. O evento em espaços privados está permitido em Arraial.
Em 11 de janeiro foi a vez de São Pedro da Aldeia cancelar as festividades de Carnaval. Em nota oficial na página da Prefeitura, o município informou que os detalhes serão discutidos em reunião do Gabinete de Crise aldeense.
Na península mais charmosa da Região dos Lagos, Armação dos Búzios, o cancelamento do Carnaval foi decretado no dia 13 de janeiro. O documento proíbe realização de quaisquer eventos públicos como bailes de carnaval, blocos e agremiações, carnavais de rua e eventos privados de qualquer espécie.
Segundo a Prefeitura, fica permitida a realização de festas, eventos e shows. O frequentador deve apresentar teste negativo para a COVID-19. O decreto, assinado pelo prefeito Alexandre Martins (REP), também retornou a obrigatoriedade do uso de máscara no município.
Enquanto isso, em Cabo Frio, o secretário de Turismo, Carlos Cunha chegou a anunciar o cancelamento da folia de rua ainda no dia 4 de janeiro. Contudo, voltou atrás e disse que a “tendência é pelo cancelamento”.
O prefeito, José Bonifácio (PDT), afirmou que daria uma resposta definitiva até dia 17, mas a Associação de Blocos Carnavalescos da cidade já emitiu nota informando que não haverá desfiles esse ano.