“Minhas telas alcançam lugares que eu não conheço”
A pintura de Joseph Mark, esse artista incrível que nasceu e vive em Saquarema traduz bem a sua personalidade: alegre, vibrante, cheia de expectativas. Nos falamos apenas por mensagens trocadas por áudio e escritas, mas percebo rapidamente a personalidade inquietante em suas telas.
Realismo Contemporâneo, como ele define a sua pintura, é uma arte relativamente nova, que nasceu na década de 60 e tomou força nos anos 70, mostrando que existem várias formas de pintura e uma não invalida a outra. Essa forma de arte vem ganhando respeito da crítica e grande aceitação pelo público.
Andy Warhol (1928 – 1987) foi uma figura de destaque quando rompe com a arte tradicional, entre as décadas de 60 e 70. E no Brasil a Adriana Varejão é uma grande representante (1964).
“As cores sempre me atraíram muito”
O interesse pela pintura começou desde muito novo, quando Joseph Mark começa a desenhar e a observar os desenhos nos gibis e livros ilustrados. “Ficava observando os detalhes, e criando através daqueles, outras ilustrações. As cores sempre me atraíram muito, e eu queria alcançar mais técnicas, mesmo tendo poucos recursos na época”, disse ele.
Na adolescência Joseph Mark fez alguns cursos de desenho e aos 17 anos começou a trabalhar como desenhista de letreiros, murais, painéis de escolas. “Comecei a interagir com tintas e pincéis com mais frequência”.
-Com a digitalização tomando o mercado, decidi me dedicar às artes gráficas, onde montei meu próprio negócio e comecei a trabalhar com artes digitais, frisou Joseph.
“O espectador já reconhece em minhas telas uma assinatura invisível”
Foi a partir de uma encomenda de um quadro por um cliente para presentear uma amiga e outro para decoração de seu escritório, em 2018, que Joseph pintou suas primeiras telas.
-Consequentemente comecei a pintar outras telas e, naturalmente, minha pintura foi gerando uma identidade própria. Por gostar de combinar cores fortes em meus trabalhos, me identifiquei com um estilo moderno, que na linguagem da arte, denominam de realismo espontâneo. Apaixonado pela cultura Pop desde adolescente, busquei fazer essa mistura: usar o digital para criar meus projetos e aplicá-lo depois em minhas pinturas.
“Comecei a expor em galerias em Búzios e a participar do circuito anual que já faz parte do calendário cultural da cidade, onde pude conhecer muitos artistas e amantes das artes plásticas”
Quem foi sua maior inspiração?
-Por gostar de cores vibrantes, minha inspiração é o movimento artístico do impressionismo, principalmente as obras de Van Gogh, que exploram as cores retratando qualquer fase do dia, sempre captando com maestria os efeitos de luz e sombra.
Tem sido difícil trabalhar com arte num país onde não há nenhum incentivo à ela?
-Eu não vejo dessa maneira. Trabalho com arte e faço o que eu amo. Acredito que estou atraindo um público que já ama obras de artes, porém é o tipo de trabalho que nós sabemos que existem muitas cópias em gravuras, com preços mais acessíveis. Mas, o meu trabalho já é mais personalizado e restrito, por ter em sua maioria, encomendas em retratos.
Os piores momentos da pandemia influenciaram na sua obra, positiva ou negativamente?
-Na pandemia influenciaram positivamente, tanto para minha obra quanto para divulgação, através das redes sociais.
“O isolamento foi um ponto positivo porque abriu um leque de opções em vendas on-line”
Quais são os seus principais projetos?
Meu projeto principal é vender mais, enviar mais telas para outros estados do Brasil e outros países, como tem acontecido. Hoje em dia as pessoas querem se retratar, ou presentear amigos e familiares com quadros de família ou amigos que ficarão eternizados. Sem sombra de dúvida é uma ótima opção para homenagear e presentear a quem amamos. Entendi que este nicho é a mola propulsora para minhas telas serem reconhecidas; mesmo sem ler minha assinatura, outros projetos pequenos que eu tinha em mente, se dissiparam, por ser este , até então, o único e melhor para que minhas telas alcancem lugares que eu ainda nem conheci.
@art_josephmark