Há alguns anos vivendo em Araruama, Gelson Luiz da Silva nasceu em Duque de Caxias e morou a maior parte de sua vida em São Gonçalo. Autodidata, desde cedo tomou gosto pelos desenhos.
-Com 7 anos eu já gostava de desenhar, fui aprimorando e em 1980 fiz uns desenhos com giz de cera, os Arcos da Lapa com o Bondinho batendo na mureta. Depois fiz esse mesmo desenho em Eucatex e resolvi dar movimento à pintura, diz Gelson.
Gelson gosta de pintar o cotidiano: “Passado um tempo fiz parte da Escola ‘Colméia de Pintores do Brasil’ e fui várias vezes contemplado com premiações. Gosto de temas urbanos, como trens, barcas, ônibus, todos os transportes de massa”, ressalta.
‘Aqui em Araruama tem temas muito interessantes que quero aproveitar, como a orla da praia central, as salinas, o ferry boat’
Que materiais você utiliza quando faz o alto-relevo em suas telas?
-Eu aproveito muita coisa que iria para o lixo, como um arame, uma mola, um pedaço de plástico. Faço uma reciclagem. As bijuterias da minha esposa, como correntes viram peças do trem.
‘O que as pessoas desprezam vira arte pra mim’
Autodidata, Gelson não teve muitas influências em sua arte. Sua única inspiração foi um artista chamado Zadir que viu em uma matéria:
“Vi a foto de um talha em madeira de um bonde em Santa Tereza. Então pensei, posso fazer isso em alto-relevo. Procuro criar tudo em 3D. Estou fazendo agora o barraco de um sambista, com uma poltrona, uma janela estilhaçada (fiz com capa de cd), no fundo o Morro de Santa Marta. Uma cena contraditória de tranquilidade e caos”, diz ele.
Gelson Luiz tem um projeto de uma exposição itinerante nas cidades aqui da Região. “Estou fazendo Araruama onde pretendo expor na Casa de Cultura José Geraldo Caú e depois parto para as outras”, finaliza.
Contato: gesil.luizdiversidade@gmail.com
Preciosidade de matéria. Bem elaborada e fala realmente do artista em questão, eu Gelson Luiz o entrevistado, me sinto muito satisfeito com o conteúdo das informações e a elaboração da matéria. Parabéns a jornalista.