É no paraíso do Atlântico que o Sol passa o inverno. A RJ-140, que começa em Silva Jardim, tem 79,5 km de extensão e leva até o Caribe brasileiro, a capital do mergulho: a jovem, mas histórica, Arraial do Cabo.
A terra de belezas encantadoras, que foi distrito de Cabo Frio por vários anos, tem mais de 518 anos de história. Na Igreja Nossa Senhora dos Remédios, por exemplo, ocorreu a primeira missa em templo fechado no Brasil, lá em 1506.
Apesar de seu contexto histórico rico, apenas em 13 de maio de 1985, o distrito cabo-friense teve sua emancipação político-administrativa assinada pelo então governador do Estado do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola.
Em 2021, por conta da Pandemia, a comemoração dos 36 anos de Arraial foi breve e sem grandes festas. Mesmo assim, tradições foram mantidas e o prefeito, Marcelo Magno (PL), foi acordado pela banda Furiosa logo no começo da manhã.
Na sequência, os músicos percorreram o município, mas sem o cortejo habitual. A partir das 20h, diversas atrações culturais locais tiveram um espaço na página oficial no Facebook da Prefeitura em um programa gravado em várias locações com o intuito de não deixar a data passar em branco. De noite, houve missa na Igreja do Sagrado Coração, na Prainha.
A chegada aos 37 anos, porém, foi bem diferente. Com uma estrutura daquelas na Praia dos Anjos, o município planejou cinco dias de festa, começando na quarta-feira (11) e terminando só no domingo (15).
Shows de Tony Allysson, Péricles, o lendário Zé Ramalho, Thiago Martins e até Seu Jorge. Festão mesmo, para ninguém botar defeito.
Antes da Pandemia, em 2020, Arraial era destaque em tudo que é site de turismo. Na premiação “Travellers Choice”, do TripAdvisor, as Prainhas do Pontal do Atalaia ficaram em 2º lugar como as mais bem avaliadas no Brasil.
A Praia do Farol, com acesso apenas de barco, também se destacou e ficou em 3º lugar. A lista ainda contou com a Praia do Forno em 5º. As Prainhas do Pontal ainda se classificaram em 12º lugar entre as melhores praias do mundo.
Misturado às belezas naturais, o cabista é um show à parte. Os galos, como eles se chamam no dialeto “cabistês”, têm aquele jeitinho acolhedor que faz o turista se sentir em casa.
Não à toa, a cidade de 30.593 habitantes, segundo estimativas do IBGE de 2020, chega a receber 250 mil turistas em ocasiões como o réveillon, conforme ocorreu no começo deste ano.
@arraialdocabo.oficial
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Por Luiz Felipe Rodrigues, estagiário sob supervisão de Renata Castanho