Mais ou menos um clichê em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres

O mês de Março é conhecido como mês da mulher por causa do Dia Internacional das Mulheres, comemorado no dia 8 de março, a data serve para discutir a diversidade de nossas realidades bem como as bandeiras de lutas a qual somos inseridas, portanto é um mês de reflexão, então pode esquecer as rosas, pois não é o que queremos.

            Esse dia está ligado ao engajamento político das mulheres no contexto da Revolução Industrial, vinculado as lutas por melhores condições de trabalho e salário, bem como sua participação no meio político. Duas tragédias históricas marcam essa data, o incêndio ocorrido na Fabrica de Nova York, onde o proprietário foi supostamente o incendiário e responsável pelas 129 operárias que morreram no local no dia 8 de março de 1857; o outro fato também considerado um marco para a data, foi outro incêndio ocorrido em 1911, também em Nova York na “Triangle Shirtwaist Company”, segundo o artigo “8 de março – Dia Internacional da Mulher” na pagina https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-da-mulher.htm, onde 125 mulheres e 21 homens morreram na tragédia.

            No Brasil a inserção da mulher no meio político é muito recente, porém temos ícones desde o Império, de mulheres que contribuíram para a História Brasileira, dentre elas, a Princesa Leopoldina, que teve seu papel crucial para o estudo das ciências e da fauna e flora brasileira.

            E em Araruama? Temos outras personalidades nossas representantes políticas, e algumas outras históricas como Lygia Barcellos, as professoras citadas no Artigo ‘Marido de Professora: os primórdios da Educação com pitadas de machismo’ desse portal, dentre outras personagens citadas no Livro Araruama: no tempo das histórias, período em que Araruama era uma cidade ainda em formação e sua população era bem pequena, existe também o fato histórico de um avião militar da aviadora francesa Jeanne Bethan que fez um pouso forçado no Centro Urbano de Araruama face as suas avarias, em 15 de novembro de 1935, sua chegada era esperada em Campos dos Afonsos, os detalhes que chamam atenção é que ela viajava o Atlântico solitariamente, e depois ela volta a cidade e conserta sozinha o próprio avião, se não é um marco é um exemplo de mulher já naquela época, certamente marca o inicio de conquistas de cargos militares e das lutas pelo protagonismo feminino de muito tempo.

A partir dessas tragédias houve a necessidade de se pensar em melhorias tanto para homens e mulheres no direito trabalhista e na inserção da mulher em âmbito eleitoral. Existem ainda outras discussões como: os assédios, o preconceito e violência de gênero, desigualdade salarial dentre outros assuntos que precisamos discutir, mas que não cabe aqui explorar e que são importantíssimos para melhorarmos o nosso futuro. São graças a esses movimentos que podemos estudar, trabalhar, votar, ser eleitas, e até mesmo andar sozinhas na rua, ter voz, dentre outras coisas que há pouco tempo atrás não era permitido a mulher fazer ou ela precisava da autorização do marido para fazer.

Agradeço se você leu até aqui, o crédito da imagem é do artista Clovis Brasil, feito especialmente para essa coluna que homenageia a todas as mulheres em sua diversidade, Araruamenses ou não, em especial ao EST, e homenagem póstuma a Jaida Mundim. Até a próxima!

Aline Vecchi
Museóloga

https://www.instagram.com/aline.vecchi.3/

Um comentário

  1. Avatar
    Edson Gudes

    Cruzou o atlântico e ainda consertou o próprio avião!

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