Muito provavelmente você já deve ter oferecido seu e-mail em troca de baixar algum e-book “gratuito” ou passou longos minutos lendo conteúdos do tipo “os 7 mais”, “os 9 melhores”, “os 5 não sei o que lá”, “tantas coisas que você não sabia sobre” e por aí vai, logo depois de ter preenchido algum formulário.
A cada novo e-mail que recebe com conteúdos que parecem feitos sob medida para você, lá se vão mais alguns preciosos minutos dedicados à leitura. Talvez você não saiba, mas o que os fornecedores desses conteúdos estão fazendo chama-se Inbound Marketing, uma forma de marketing digital baseada em ganhar o interesse de potenciais clientes oferecendo conteúdo direcionado e que vem ganhando bastante força nos últimos anos.
Embora possa não parecer, não existe almoço grátis nem mesmo na internet. A cada novo clique que damos nesses conteúdos, estamos oferecendo nosso tempo e nossas estatísticas de navegação. Mas como? Lembra que você deu seu e-mail no momento do cadastro? Pois bem. Sempre que você recebe um conteúdo desse fornecedor, está sendo monitorado. É esse monitoramento que permite saber quantos da base receberam o e-mail. Dos que receberam, quantos abriram. Dos que abriram, quantos clicaram em algum link e também quem, individualmente, fez o que e por quanto tempo.
Se minha empresa, por exemplo, vende moda masculina e eu ofereço aos clientes da minha base um e-book com “cinco opções diferentes para dar nó em gravata”, eu consigo saber, dentre a minha base, quem se interessa mais por esse tipo de acessório (e, por conseguinte, oferecer não só promoções de gravatas como também de camisas sociais, ternos, cintos e outros produtos relacionados a esse estilo). Já é um sinal de que talvez esses potenciais clientes não se interessem tanto por bonés.
Por esse aspecto, o Inbound Marketing é uma forma não apenas de relacionamento, como também para melhor qualificar seus leads (potenciais clientes que deixaram alguma forma de contato, seja e-mail, telefone ou endereço), rumo ao fundo do funil de vendas. Quanto mais qualificados – no sentido de quanto mais soubermos seus gostos pessoais, por meio da oferta de conteúdos gratuitos e seu monitoramento – mais próximos do fundo do funil de vendas esses leads estarão. E não há melhor meio para cultivá-los do que no ambiente digital.
Marcelo Sander
Jornalista, especialista em Marketing, mestrando em Educação Tecnológica, professor de Marketing Digital na graduação e pós-graduação. Assessor de Comunicação na Prefeitura de Sete Lagoas (MG), com experiência em comunicação pública, já tendo atuado em agências digitais, Governo de Minas e veículos de imprensa. Apresentador da esquete diária “Conexão Digital” na rádio 93FM. É palestrante e idealizador do Seminário de Marketing Digital de Sete Lagoas, co-fundador do ecossistema local de startups Santa Helena Valley e também editor do blog Mercado Web Minas.