Governo acompanha buscas por indigenista e jornalista desaparecidos

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira (7) que o Governo Federal está acompanhando as buscas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips na Amazônia, desaparecidos desde o último domingo (5).

Em nota, o Itamaraty diz que a Polícia Federal está atuando na região, “tomando todas as providências para localizá-los o mais rápido possível”.

A PF fez repetidas incursões e tem contado com o apoio da Marinha do Brasil, que se somou aos esforços nos trabalhos de buscas de ambos os cidadãos”, acrescentou.

O governo brasileiro seguirá acompanhando as buscas com o zelo que o caso demanda e envidando os esforços necessários para encontrar prontamente o profissional da imprensa britânica e o servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai). Na hipótese de o desaparecimento ter sido causado por atividade criminosa, todas as providências serão tomadas para levar os perpetradores à Justiça”, disse a nota.

Também por meio de nota, a PF informou que vem realizando medidas investigativas e de inteligência policial visando ao esclarecimento dos fatos e a resolução do caso.

Acrescenta ter feito incursões na calha do Rio Itaquaí, mais precisamente no trecho compreendido entre a frente de proteção etnoambiental itui-itauqai e o município de Atalaia do Norte.

Das diligências efetuadas foi possível identificar duas pessoas que tiveram contato com os desaparecidos, as quais foram encaminhadas à Polícia Civil de Atalaia do Norte para prestar esclarecimentos”, pontuou a PF, ao informar que, até o momento, ninguém foi preso.

As buscas foram retomadas com o apoio da Marinha visando novas incursões no rio, com o apoio de um helicóptero.

Na segunda (6), a Funai informou que está acompanhando o caso e que está em contato com as forças de segurança que atuam na região, de forma a colaborar com as buscas.

Em nota, a instituição comentou que, embora o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira integre o quadro de servidores da Funai, ele não estava na região em missão institucional, pois se encontrava de licença para tratar de interesses particulares.

Repercussão

O porta-voz do jornal The Guardian disse que está acompanhando a situação e em contato com as embaixadas brasileira e britânica.

“O Guardian está muito preocupado e busca urgentemente informações sobre o paradeiro e a condição de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e com as autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível.”

A Human Rights Watch divulgou nota em que se diz muito preocupada com o desaparecimento. “É extremamente importante que as autoridades brasileiras dediquem todos os recursos disponíveis e necessários para a realização imediata das buscas, a fim de garantir, o quanto antes, a segurança dos dois”, disse a nota assinada pela diretora do escritório da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu.

*com informações da Agência Brasil.

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