O historiador e jornalista Célio Pimentel lança na próxima terça-feira (28) seu mais novo livro ‘Do sal à ferrovia’, às 18 horas, na Livraria Castro Alves. O primeiro foi ‘Estrada de Ferro Maricá’, que fala das estações de trem de Niterói a Cabo Frio. O trem está sempre presente em sua vida, pois seu pai Sotero Luiz Pimentel foi chefe em diversas estações de trem.
O livro foi feito através das diretrizes e incentivo da Lei Aldir Blanc pelo município de Araruama e descreve a chegada do trem à Araruama em 1913, da produção salineira e da navegação na Lagoa de Araruama.
Eu continuei fazendo a pesquisa sobre o trem, mas avancei e fui buscar da Fundação de Araruama até os dias de hoje. O primeiro momento do livro é Araruama pertencendo a Cabo Frio, em seguida a primeira Igreja de Araruama construída no bairro Parati na Fazenda Montes Belo
Célio Pimentel
O livro conta toda a história da origem de Araruama, a navegação a vapor na Lagoa de mesmo nome, em 1886, como era utilizado o transporte de sal de Praia Seca. “Em seguida vem a criação da primeira salina em Praia Seca que foi a Marrecas de Leonardo Antunes. Em 1935 já tínhamos aqui em torno de 40 salinas, era o auge da indústria salineira”, comentou.
Na década de 1900 fizeram um relatório dizendo da importância de um ramal ferroviário aqui para a exportação do sal.
O trem chega em dezembro de 1913 e começa a exportar por todos os Estados. Saía sal daqui para Anápolis no Planalto Central, conforme depoimento do Sr. Sotero Luiz Pimentel, meu pai, que foi chefe de Estação de Trem em Iguaba Grande. Começou como pequeno aprendiz aqui em Araruama, aos 17 anos e trabalhou em outras companhias ferroviárias, finalizou.