Original das praias do Rio de Janeiro nos anos 60, o futevôlei tem galgado passos largos no que se refere à popularidade. Na maior cidade do Brasil, São Paulo, o número de adeptos ao esporte aumentou 250% entre junho de 2020 e abril de 2021.
Em Cabo Frio, Ramon Aveiro começou a praticar a modalidade aos 13 anos.
“No começo, era só uma brincadeira e, hoje, com meus 29 anos, vivo somente do futevôlei, no qual sou professor e atleta”, contou ao Portal Costa do Sol.
Atualmente, Ramon tem cerca de 150 alunos e já deu aulas em outras cidades.
“Ano passado pude realizar um sonho de fazer parte da Arenaf22, maior centro de treinamento da Região dos Lagos, com duas quadras cobertas e uma área de lazer”, explicou o professor.
Como atleta, Ramon já conquistou diversos títulos, como o de campeão brasileiro, carioca, mineiro e gaúcho. Além disso, em 2019, representou o Brasil em um campeonato europeu, disputando o esporte na Holanda e na Espanha. Na ocasião, Ramon ficou em quarto lugar.
Nos 16 anos de história com o futevôlei, Ramon enxerga um crescimento grande da modalidade. Segundo ele, pesquisas apontam que o futevôlei foi o esporte que mais cresceu no Brasil nos últimos 10 anos. Entre os alunos de Ramon, o crescimento é maior da parte das mulheres.
Hoje em dia, a modalidade no Brasil conta com eventos como o Team Águia Footvolley Cup (TAFC), maior competição do esporte no mundo, e tem como entidade máxima a Confederação Brasileira de Futevôlei (CBFv).
Para ingressar nas competições, Ramon explicou que é feito um qualify e que, em geral, são 24 duplas competindo. Contudo, a falta de incentivo financeiro dificulta a participação de atletas como Ramon.
“Hoje não estou mais dentro dessas competições, porque são muito longe e, por falta de patrocínio, fica difícil de ir”, lamentou o atleta.
Como professor, Ramon já tem turmas de atletas avançados que competem. A sensação que fica para ele em relação a isso é de “dever cumprido”.
Para o futuro, Ramon diz que pretende ir para a Europa ano que vem.
“Lá, o futevôlei está numa crescente muito alta e já tive uma boa experiência quando fui. Hoje, toda Europa tem futevôlei”, apontou.
Com relação às expectativas para o esporte no Brasil, Aveiro conta que espera que ele seja mais divulgado nas nossas emissoras e que se torne um esporte olímpico.