Além de uma excelente atividade física a dança tem auxiliado também no bem estar emocional dos alunos
A dança têm transformado muitas vidas. Crianças, jovens, adultos e idosos estão descobrindo um novo caminho nas pistas de dança. Ao som dos mais diversos ritmos musicais, muitos têm se soltado e encontrado no movimento do corpo um território democrático e livre de tabus de silhueta, idade, cor e gênero.
Em Araruama, o professor, Vinicios Lemos, de 25 anos, começou ainda cedo essa jornada. Nascido no município e criado, boa parte da infância, no distrito de São Vicente de Paulo, ele percebeu a paixão pela dança ainda no tempo da escola:
-“Desde pequeno eu gostava de participar das apresentações na escola. Morava em um sítio e não tinha muito com quem brincar, minha diversão era correr e assistir dvd´s de música para dançar. Quando fui para o Colégio Pedro Paulo, São Vicente de Paulo, conheci um grupo de alunos mais velhos que dançavam e entrei para o grupo.”
Desde então Vinicios não parou mais, tendo participado também de outros grupos de dança na cidade nos estilos Hip-Hop e Funk.
Mas foi trabalhando em uma escola, no bairro Norival Carvalho, que ele descobriu sua verdadeira vocação: ensinar dança.
-“Dei aula, muito tempo, embaixo de uma árvore na escola. Ficávamos todos sujos de lama depois dos ensaios. Depois de um tempo conseguimos uma sala.”, explicou o professor sobre o início do seu trabalho.
De lá para cá, ele não parou mais de fazer cursos, dar aulas e hoje possui, com a esposa Joyce Cabral, a escola Beat Dance no centro de Araruama. Nesses anos de trabalho, Vinicios, pôde acompanhar a transformação na vida de muitos alunos. As aulas têm não só o objetivo de ensinar um ritmo, mas também trazer bem estar e qualidade de vida para quem pratica.
“Muitos pais procuram as aulas, pois os filhos estão com problemas para se socializar, até mesmo com início de depressão, de ansiedade, ainda mais com a Pandemia. Esse é mais um dos benefícios da dança, poder conviver e fazer amigos”, enfatiza o professor.
A dança é uma redescoberta para muitos. Para Marcela Passos, de 36 anos, aluna desde abril deste ano, a dança trouxe grandes mudanças:
“Comecei a dançar no Beat Dance, primeiro, no intuito de fazer uma atividade física. Sempre amei dança e queria voltar a dançar como na adolescência, porém na minha idade, agora? Com sobrepeso? Em tratamento de baixa autoestima e ansiedade? Impossível! Mas com essa família (porque hoje eu posso falar que tenho mais que amigos, eu tenho uma família naquele estúdio de dança), eu descobri que não era. Redescobri uma mulher maravilhosa que estava escondida dentro de mim, eu melhorei minha postura física e emocional, eu perdi peso e ganhei muito conhecimento.
Melhorei meu círculo de amizades, descobri novos mundos e novas formas de olhar a vida e aos 36 anos me permito aprender com a caminhada de todos lá dentro. Porque não é só o professor que ensina lá. Todos dão a sua contribuição para a vida um do outro.
Então, muito mais do que voltar a dançar, eu voltei a viver e posso falar que estou na melhor fase da minha vida. Com passos leves que a professora Bruna me ensinou a dar, com a sensualidade que a professora Joyce me ensinou a ter, com a alegria que o professor Vinícius dança e o carinho (um dia chego na malemolência, risos) que a Joyce Cabral tem.
Hoje posso dizer que não vivo sem dançar, é minha terapia, uma música nova e uma coreografia nova na cabeça”, explicou a aluna que também tem um filhinha matriculada no ballet da escola de dança”, finalizou Marcela.
As aulas de dança possuem um leque de possibilidades e ritmos para os mais variados gostos: danças urbanas, samba no pé, ballet clássico, jazz, stilletto, street dance e muitos outros.
Aceita dançar?
@beatdanceoficial
Fotos e vídeos: arquivo pessoal Vinicius Lemos
