Coluna Nutrição: Vamos falar sobre Nutrição e Longevidade?

O envelhecimento populacional é uma grande conquista e um dos maiores desafios da sociedade mundial. É uma revolução particular da composição etária da população (GOMES et al., 2021; WHO, 2015).

A projeção de pessoas idosas brasileiras em 2023, representa acima de 15,5% da população, correspondendo a mais de 32 milhões.  Atualmente, o  número  de  idosos  acima de  60  anos  já é  maior  que  o  de  crianças  até 9  anos de idade  (IBGE,  2023). 

Assim,  a  sociedade  brasileira  vem  apresentando  uma  profunda  mudança  de  estrutura populacional. Dentro de uma  perspectiva  sobre o  processo  de  envelhecimento  como  um  rompimento  com estereótipos  de  desvalorização  das  capacidades  reflexivas  e  das  possibilidades  de  agirem e  se  fazerem presentes em diferentes atividades sociais, o envelhecimento ativo é necessário à obtenção de boas condições físicas, mentais e emocionais (CABRAL; MACUCH, 2016).

A OMS considera saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Portanto, a saúde não pode ser considerada simplesmente um estado, mas sim, um processo contínuo de mudança e desenvolvimento, relacionando-se diretamente com a capacidade de adaptação da pessoa (ROSA, 1987).

Muitos dos problemas poderão ser evitados ou minimizados se forem adotados comportamentos promotores de saúde ao longo da vida, sendo a alimentação saudável, um deles. (Silva, 2013).

O termo  envelhecimento,   definido   também pela   Organização   Pan-Americana   de   Saúde   (OPAS), compreende muitas teorias que tentam explicar a senescência como uma deterioração progressiva inevitável da  função  fisiológica  ao  longo  dos  anos  (BRASIL,  2005;  KYRIAZIS,  2020). 

Entretanto,  a  expectativa  de  vida depende mais do ambiente em que o indivíduo está inserido do que dos fatores genéticos. Portanto, o estilo de  vida,  a  manutenção  do  peso  ideal,  a  ingestão  de  nutrientes  (como  exemplo  estão  carboidratos,  fibras, lipídios, proteínas, vitaminas e minerais) e não-nutrientes (compostos fenólicos, poliaminas e carotenóides) com propriedades funcionais “antienvelhecimento”, prática de exercícios físicos, bem como as condições crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e Alzheimer podem ter importante papel no avanço ou   na   limitação   da   expectativa   de   vida   (EKMEKCIOGLU,   2020;   FINCH;   CRIMMINS,   2004).  

Assim,  o envelhecimento  é  um  processo  com  características  complexas,  de  variáveis  intrínsecas  e  extrínsecas,  e  a velhice  uma  fase  importante  de  vivência  desse  fenômeno,  estando  a  longevidade  associada  ao  conjunto desses componentes intimamente relacionados. Uma nutrição variada e equilibrada torna-se essencial.

Deve-se fazer de 5 a 6 refeições durante o dia: 3 refeições principais e 2-3 intercalares. Beber em média 2 litros de água ao dia, praticar atividade física regular e dormir ao menos 8h por noite são alguns fatores que contribuem para a longevidade. (Silva, 2013).

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