As principais mídias sociais que operam no Brasil passaram a fazer parte do Programa de Combate à Desinformação do Supremo Tribunal Federal. YouTube, Google, Meta — proprietária do Instagram, Threads e WhatsApp —, TikTok, Microsoft e Kwai assinaram semana passada a adesão ao programa.
O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, destacou que as big techs precisam ser parceiras da Corte no combate à disseminação de informações falsas. Na primeira etapa, as empresas somente confirmaram a participação. Os termos e detalhes de como vai ser a moderação de conteúdo serão definidos posteriormente. O acordo com o Supremo prevê iniciativas de promoção de “ações educativas e de conscientização para enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação”.
Cento e dez instituições aderiram ao acordo, inclusive a Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O X (antigo Twitter), no entanto, não assinou o acordo e não enviou representante. A plataforma pertence ao bilionário Elon Musk, que atacou o ministro da corte Alexandre Moraes e o próprio STF recentemente.
Musk foi incluído como investigado em um inquérito que trata de milícias digitais e ataques contra o Supremo. Atualmente o X não tem um diretor no Brasil e a equipe no país foi reduzida. O governo federal também suspendeu todos os contratos de publicidade com a plataforma, sob o argumento de que estimula a desinformação. O X até já tem uma ferramenta de combate à desinformação, as notas da comunidade. Mas isso é tema pra outro artigo. Me segue no instagram @marcelosander. Por uma internet melhor para todos, até o próximo artigo!