A chegada do ChatGPT, o aplicativo de inteligência artificial que redige textos inéditos e explica conceitos em frases simples, deve mudar a forma de aplicação de trabalhos escolares por parte dos professores. Isso porque tem sido cada vez mais comum encontrar trabalhos que foram feitos usando essa tecnologia.
Na minha adolescência e durante meu tempo de faculdade, vez ou outra algum aluno era pego com o famoso Control C / Control V e eu mesmo, enquanto professor, já identifiquei alunos que copiavam e colavam conteúdo da internet em seus trabalhos.
Mas com o ChatGPT é diferente, pois cada resultado que ele apresenta é inédito, então, comprovar o plágio fica mais difícil. Até existem alguns softwares que conseguem identificar se um texto foi feito ou não usando inteligência artificial, mas o resultado não é 100% e os melhores programas detectam melhor textos escritos em inglês.
Aí vem outra questão: será que é mesmo papel do professor, além de ter que corrigir a atividade, ainda gastar tempo vasculhando a internet e aplicativos detectores de cópias pra saber se o texto é original do aluno ou se foi gerado por inteligência artificial?
O ChatGPT está tão evoluído que ele já faz redações para o Enem, passa em prova da OAB e até é capaz de escrever uma dissertação de mestrado inteira. Eu me preocupo muito com isso e confesso que ainda não tenho uma resposta para esse novo dilema.
Nem sei se é o caso de se proibir o uso do ChatGPT ou que seus textos tenham, obrigatoriamente, uma marca dágua ou código criptografado que nos permita saber se o texto foi produzido por ele ou não. Qualquer novidade, eu te conto por aqui, no Conexão Digital.
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