Após campanhas distintas, Fla e Athletico fazem final da Libertadores

Os rubro-negros Flamengo e Athletico Paranense duelam na tarde deste sábado (29), no Monumental de Duelo às 17h, no Equador, pelo título mais importante da temporada do futebol no continente sul-americano: a Copa Libertadores da América. De um lado do campo estarão os cariocas em  busca do tricampeonato (os dois primeiros foram em 1981 e 2019), e do outro lado os paranaenses sonha com a conquista inédita no torneio. O embate às 17h (horário de Brasília), na cidade de Guayaquil, será transmitido ao vivo na Rádio Nacional, com narração de André Luiz Mendes, comentários de Waldir Luiz, reportagens de Rodrigo Ricardo e Rodrigo Campos, além de plantão de notícias com Sergio du Bocage. 

A história do Flamengo na Libertadores começou no Grupo H. Os rubro-negros saíram quase com 100% de aproveitamento em uma chave que contava com o Talleres, da Argentina, o Universidad Católica, do Chile, e o Sporting Cristal, do Peru.

Nesta fase, o time comandado, na época, pelo técnico Paulo Sousa, obteve cinco vitórias e apenas um empate, que aconteceu no confronto com os argentinos.

Depois de assegurar a liderança do grupo, o Flamengo encarou o Tolima, da Colômbia. No primeiro jogo das oitavas de final, já sob a liderança do treinador Dorival Junior, os cariocas venceram com gol de Andreas Pereira, que deixou o clube logo após o triunfo por 1 a 0.

No duelo de volta, no Maracanã, o Flamengo conseguiu sua maior goleada na competição continental, 7 a 1, com direito a quatro gols de Pedro.

O Rubro-Negro enfrentou pela primeira vez uma equipe compatriota na Libertadores já nas quartas de final. Emplacou duas vitórias (ida e volta) contra o Timão: a primeira por 2 a 0 na Neo Química Arena, em São Paulo, e depois por 1 a 0 no Maracanã, no Rio de Janeiro. 

Já nas semifinais o oponente foi o argentino Velez Sarsfield. Em Buenos Aires, os brasileiros praticamente selaram a classificação para a final, ao vencer por 4 a 0. No Maracanã, os rubro-negros voltaram a derrotar os argentinos, desta vez, por 2 a 1.

Logo após a confirmação da classificação, o técnico Dorival Junior falou em fazer de tudo para ser campeão.

“Acho que não tem preço nós chegarmos a um momento como esse. Vamos trabalhar e muito para que possamos fazer uma grande decisão. Enfrentaremos um adversário dificílimo. Não tenho dúvida que será uma partida com um grau de dificuldade muito alto”. 

Invicto na Libertadores, o Flamengo chega à decisão com uma campanha de 11 vitórias e um empate, em 12 partidas disputadas. Foram 32 gols feitos e oito sofridos. Além disso, os rubro-negros contam com o artilheiro do campeonato, Pedro, com 12 gols marcados.

Diferentemente do Flamengo, o Athletico Paranaense teve alguns tropeços no Grupo B. Com uma campanha de três vitórias, duas derrotas e um empate, os paranaenses terminaram na vice-liderança, com os mesmos 10 pontos que o Libertad, do Paraguai, que se classificou em primeiro. Já o The Strongest, da Bolívia, e o Caracas, da Venezuela, foram eliminados.

Na quinta rodada, com vaga sob ameaça, o técnico Luis Felipe Scolari assumiu a equipe paranaense, após goleada por 5 a 0 contra os bolivianos, em La Paz, quando Fábio Carille ainda era o treinador do time. Na sequência, o Athletico venceu duas partidas e avançou às oitavas de final.

O adversário da vez foi o Libertad, que também enfentou na primeira fase. Na Arena da Baixada, os atleticanos venceram por 2 a 1, já em Assunção, quando a decisão para as quartas de final seria definida nos pênaltis, Rômulo, aos 44 minutos do segundo tempo, garantiu a classificação dos brasileiros.

Em seguida, o gol de Vitor Roque, com 17 anos de idade, contra o Estudiantes, da Argentina, aos 50 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória por 1 a 0, em La Plata, além do acesso às semifinais, já que na Arena da Baixada o duelo terminou 0 a 0.

Nas semis, o Athletico tinha a missão de bater o atual bicampeão da competição continental Palmeiras. Em Curitiba, a vitória com placar mínimo de 1 a 0 dava à equipe rubro-negra a vantagem de um empate no Allianz Parque.

E foi exatamente o que aconteceu, de maneira eletrizante. Mesmo após o time paulista abrir 2 a 0 no placar, os paranaenses reagiram e empataram de 2 a 2, aos 39 minutos do segundo tempo, com gol de David Terans.

Depois de o Furacão voltar à final da Libertadores após 17 anos, o auxiliar técnico Paulo Turra, que substituiu Felipão suspenso, falou sobre fatores que levaram o Athletico à decisão.

“Hoje foi mais um passo que foi dado para que o Athletico se consolide ainda mais do que já é: uma grande estrutura, Tem no seu comando o presidente e no comando técnico o professor Felipe, dois caras de peso”. 

Em 12 partidas, o Athletico venceu seis, empatou quatro e perdeu duas. Marcou 15 gols e sofreu 10.

Agência Brasil

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