Alunos digitais, professores analógicos

Este artigo é dedicado aos profissionais da Educação, seja da esfera Municipal ou Estadual, pública ou privada. Você, professor, percebe o desinteresse cada vez maior dos alunos que, volta e meia, são observados usando seus smartphones ao invés de prestar atenção às aulas? Quantas vezes você já chamou a atenção deles ou, muitas vezes, se deu por vencido e preferiu não entrar nessa batalha “já perdida”?

Não é para menos. Profissionais como médicos, engenheiros, advogados, cientistas, comunicólogos, enfim, todos eles trabalham atrás de computadores, no mínimo. Já o professor, a grosso modo, está inserido no mesmo ambiente escolar de um século atrás: uma sala de aula, uma mesa, um quadro (a única coisa que evoluiu, de negro para branco, do giz para o pincel) e alunos enfileirados à frente. O mundo evoluiu, a geração digital é diferente, mas a metodologia de ensino continua a mesma há mais de um século!

A notícia boa que eu tenho pra te dar vem de um velho ditado popular: “Se não se pode vencer o inimigo, junte-se a ele”. Que tal utilizar as Novas Tecnologias a seu favor para recuperar o interesse dos alunos pela sua aula? E nem adianta culpar a falta de infraestrutura da escola, qualquer smartphone com pacote de dados pode ser usado a seu favor. Abaixo listo algumas ideias que podem fazer do smartphone dos seus alunos seu maior aliado:

– Crie uma lista de transmissão no WhatsApp (ou divida a turma em grupos e crie um grupo para cada grupo no aplicativo) e realize um Quiz com o resumo da disciplina. Então, vá atribuindo pontos por acertos e por tempo de resposta.

– Ao invés de tirar xerox de um artigo, que tal compartilhar um link pelo WhatsApp e pedir para os alunos lerem para a próxima aula? Peça para eles fazerem um vídeo com o resumo do artigo e exiba os vídeos em sala. Eles adoram se ver. Caso o trabalho seja apresentado em sala, ele pode ser transmitido ao vivo via Instagram, Facebook ou Youtube. Assim eles podem rever o conteúdo depois e reforçar a memorização do que foi falado.

– Crie um grupo fechado no Facebook exclusivo da sua disciplina e ofereça material extra aos participantes como links de matérias atuais que reforçam o que foi passado em sala de aula. Compartilhe lá vídeos do YouTube, matérias de TV ou mesmo slides com resumos. Deixe-os livres para também compartilhar conteúdo relacionado que eles vêem no Facebook ou na internet. Incentive-os a compartilhar conteúdos relacionados.

– Ainda recebe trabalho em papel? Por favor… Com o Google Drive é possível, gratuitamente, criar um arquivo semelhante ao Word (Google Doc), gerar cópias e enviá-las, uma a uma, para o e-mail de cada aluno. Eles respondem e você consegue ver, em tempo real, quem está escrevendo o que. É possível intervir nos textos criando caixas de diálogos com comentários, correções e observações (há um jeito mais fácil para isso, criando uma única cópia e compartilhando-a automaticamente com vários e-mails, mas é preciso que a escola seja assinante de um pacote profissional – e pago – do Google Classroom).

– Dá aulas de Geografia, História, Literatura ou disciplinas que usam mapas? Que tal ao invés de mostrar aos alunos onde ficam os locais, deixar que eles mesmos descubram pelo Google Maps, Google Earth ou Google Street View? Dê a eles o comando e o “passeio” será muito mais prazeroso. Garanto que, além do que você pediu, eles vão encontrar muito mais coisas interessantes.

Bom, as possibilidades são infinitas e talvez você já tenha feito uso dessas ou outras atividades que lancem mão das Novas Tecnologias. Que tal compartilhar este artigo com um amigo ou amiga professor(a) ou mesmo escrever nos comentários alguma experiência interessante que complemente este artigo?

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