Um relato de superação: o alcoolismo tem saída

O alcoolismo é uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A dependência se caracteriza pelo uso compulsivo do álcool, podendo gerar sequelas físicas e emocionais. De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig) ao Datafolha, 55% da população brasileira consome bebidas alcoólicas e 1 a cada 3 entrevistados consomem semanalmente.

Segundo o levantamento feito pela OMS em 2017, no Brasil, entre as pessoas que fazem a ingestão de álcool, cada um consome 8,7 litros de bebidas alcoólicas por ano. Entre as maiores taxas, os homens lideram com mais de treze litros.

Márcio, de 45 anos, começou a beber por volta dos 15 anos de idade. Os primeiros goles foram ingeridos nas festinhas que ele frequentava, mas as bebidas não eram tão fortes, na maioria das vezes eram vinhos e bebidas doces.

“Sempre fui um filho que qualquer pai e mãe queriam ter. Fui atleta desde novo no futebol, envolvido na escola de samba de onde eu morava, então tocava vários instrumentos desde criança”.

Aos 16 anos teve um princípio de coma alcoólico, quando liberado pelo pai a beber em uma festa. “Um amigo do meu pai que me viu no chão. Ali mesmo sem perceber e imaginar, eu já apresentava um comportamento compulsivo”.

Com o passar do tempo as situações foram se perdurando e o consumo de bebidas era frequente. Nessa situação, Márcio parou de estudar e de fazer as atividades que tinha hábito, o esporte e a escola de samba. “A minha vida começou a parar pela minha forma de beber. Eu comecei a perder o gosto pelas coisas normais”

“Toda vez que eu ia beber, eu bebia demais!”

Márcio não conseguia estender um relacionamento e nem um emprego, ele ainda se afastou da família e amigos. “As pessoas que mais me amavam eram as que mais sofriam”, relata.

Um dia de cada vez

Com 26 anos decidiu buscar ajuda no Alcoólicos Anônimos. O tratamento se dá através do “só por hoje”, ficar sem beber um dia de cada vez. Á vista disso, Márcio já está há 17 anos sem ingerir nenhum tipo de bebida que contém álcool. “Quando cheguei na primeira reunião eu logo me identifiquei. Eu costumo dizer que eu não perdi nada, porque o alcoolismo não me deixou construir nada. Materialmente falando eu não perdi nada. Eu perdi minha dignidade, moral, identidade”, expõe.

A psicóloga Isabella Bravo explica que os primeiros sinais de alcoolismo começam a aparecer quando a bebida traz algum prejuízo à vida profissional, social e pessoal do indivíduo. Ela ainda informa que a terapia contribui no processo de sobriedade. “A psicoterapia auxilia a pessoa a ter um autocontrole, como também a ter uma conscientização dos efeitos nocivos do álcool. Outro fator importante a ser trabalhado na psicoterapia é o autoconhecimento. O poder de lidar com suas emoções e controlar suas reações é uma ferramenta incrível”.

Uma volta por cima

Márcio construiu uma família, tem uma filha e também se formou. “Hoje graças a Deus eu vivo uma vida útil e feliz”. Márcio diz que não é contra a bebida, mas que se o consumo de álcool esteja atrapalhando em alguma área da vida, é importante se atentar. “Tudo precisa ter bebida e toda vez que você bebe fica bêbado, é um alto consumo, é a hora de você levantar as antenas e perceber que alguma coisa de errado pode estar acontecendo”, aconselha.

Para quem deseja procurar ajuda e está em situação de vulnerabilidade, o Alcoólicos Anônimos tem unidades espalhadas por todo Brasil, e ainda realizam reunião à distância. Mais informações no site: Alcoólicos Anônimos do Brasil – Site Oficial (aa.org.br)

Segundo o levantamento feito pela OMS em 2017, no Brasil, entre as pessoas que fazem a ingestão de álcool, cada um consome 8,7 litros de bebidas alcoólicas por ano. Entre as maiores taxas, os homens lideram com mais de treze litros.

Márcio, de 45 anos, começou a beber por volta dos 15 anos de idade. Os primeiros goles foram ingeridos nas festinhas que ele frequentava, mas as bebidas não eram tão fortes, na maioria das vezes eram vinhos e bebidas doces.

“Sempre fui um filho que qualquer pai e mãe queriam ter. Fui atleta desde novo no futebol, envolvido na escola de samba de onde eu morava, então tocava vários instrumentos desde criança”.

Aos 16 anos teve um princípio de coma alcoólico, quando liberado pelo pai a beber em uma festa. “Um amigo do meu pai que me viu no chão. Ali mesmo sem perceber e imaginar, eu já apresentava um comportamento compulsivo”.

Com o passar do tempo as situações foram se perdurando e o consumo de bebidas era frequente. Nessa situação, Márcio parou de estudar e de fazer as atividades que tinha hábito, o esporte e a escola de samba. “A minha vida começou a parar pela minha forma de beber. Eu comecei a perder o gosto pelas coisas normais”

“Toda vez que eu ia beber, eu bebia demais!”

Márcio não conseguia estender um relacionamento e nem um emprego, ele ainda se afastou da família e amigos. “As pessoas que mais me amavam eram as que mais sofriam”, relata.

Um dia de cada vez

Com 26 anos decidiu buscar ajuda no Alcoólicos Anônimos. O tratamento se dá através do “só por hoje”, ficar sem beber um dia de cada vez. Á vista disso, Márcio já está há 17 anos sem ingerir nenhum tipo de bebida que contém álcool. “Quando cheguei na primeira reunião eu logo me identifiquei. Eu costumo dizer que eu não perdi nada, porque o alcoolismo não me deixou construir nada. Materialmente falando eu não perdi nada. Eu perdi minha dignidade, moral, identidade”, expõe.

A psicóloga Isabella Bravo explica que os primeiros sinais de alcoolismo começam a aparecer quando a bebida traz algum prejuízo à vida profissional, social e pessoal do indivíduo. Ela ainda informa que a terapia contribui no processo de sobriedade. “A psicoterapia auxilia a pessoa a ter um autocontrole, como também a ter uma conscientização dos efeitos nocivos do álcool. Outro fator importante a ser trabalhado na psicoterapia é o autoconhecimento. O poder de lidar com suas emoções e controlar suas reações é uma ferramenta incrível”.

Uma volta por cima

Márcio construiu uma família, tem uma filha e também se formou. “Hoje graças a Deus eu vivo uma vida útil e feliz”. Márcio diz que não é contra a bebida, mas que se o consumo de álcool esteja atrapalhando em alguma área da vida, é importante se atentar. “Tudo precisa ter bebida e toda vez que você bebe fica bêbado, é um alto consumo, é a hora de você levantar as antenas e perceber que alguma coisa de errado pode estar acontecendo”, aconselha.

Para quem deseja procurar ajuda e está em situação de vulnerabilidade, o Alcoólicos Anônimos tem unidades espalhadas por todo Brasil, e ainda realizam reunião à distância. Mais informações no site: Alcoólicos Anônimos do Brasil – Site Oficial (aa.org.br)

Por Virgínia Carvalho, estagiária sob supervisão de Renata Castanho

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