Uma das queixas mais frequentes na rotina clínica é a otite em cães. Alguns pacientes chegam a ter infecções nos ouvidos várias vezes ao longo da vida, causando um grande desconforto no bichinho.
Só quem já teve uma dor de ouvido sabe o quando ela pode ser dolorosa. Em alguns casos, dói até para mastigar.
Quando falamos em otite, nos referimos a uma alteração que ocorre em um ou nos dois ouvidos, podendo ser causada por proliferação bacteriana, fúngica, alergia e até mesmo por um excesso de produção de cerúmen.
O erro mais comum dos tutores é querer tratar empiricamente, e solicitar um medicamento para “otite” em uma agropecuária, sem saber o que está causando a alteração, pois para o tratamento ser eficaz, é fundamental identificar a origem do problema.
Mas como diz o título do artigo, não vou falar de tratamento e sim de prevenção, e no caso dos ouvidos, a principal recomendação é a limpeza periódica dos ouvidos com um produto adequado. A frequência dessa limpeza dependerá de como é a orelhinha de cada peludo, já que cães com a orelha pendular, tem uma tendência maior a desenvolver infecção e podem necessitar de limpezas mais frequentes.
Quando aumentamos a frequência das limpezas, fazemos uma remoção mecânica do cerúmen e com isso, reduzimos a quantidade de microrganismos que podem vir a causar infecção. Além disso, quando limpamos, passamos a olhar a orelhinha dos nossos pets com regularidade e percebemos alterações antes de virarem uma infecção grave.
Precisamos estar atentos aos seguintes sinais: aumento na produção de cerúmen, mudança na coloração da cera, mudança no cheiro, vermelhidão e espessamento da pele dos ouvidos, dor e coceira.
Prevenir também significa identificar precocemente um problema, para tratar antes de causar um desconforto ao bichinho.
Para mais dicas sobre cuidados com cães e gatos, siga o nosso instagram: @petpiccoli.com.br