Júlia Nogueira Dellfino está prestes a completar 18 anos, terminando o 3º ano do ensino médio, lê muitos livros, faz judô, aulas de canto e teclado, de dança, faz pulseiras pra vender e quer ser jornalista. Ela produz muito, tem uma grande capacidade de aprendizado e nasceu com uma alteração genética que ao invés de dois cromossomos no par 21, possui três.
Júlia ao nascer foi diagnosticada com Síndrome de Down, e sempre contradisse todas as versões dos limites que a síndrome pode causar. A estimulação precoce é o melhor caminho para o desenvolvimento intelectual e motor para as crianças com a síndrome.
“Ela não tem só um cromossomo a mais. Ela enxerga mais, os detalhes de uma leitura, de um filme; aprende mais rápido que a grande maioria; quer sempre aprender uma coisa nova e tem um amor enorme pela família, colegas e amigos”, diz o pai orgulhoso Carlos Delfino.
O nome Júlia, foi uma homenagem à avó paterna. Ela está cursando o 3º ano do ensino médio no Colégio Futuro. “Onde eu tenho muitos amigos e professores que me incentivam muito”, diz ela.
Que atividades você já fez e está fazendo agora?
- Eu já fiz várias como ginástica artística, balé, natação e aula de violão. No momento pratico jiu-jitsu, faço aulas de teclado e faço parte do coral da Igreja Adventista do 7º dia, onde eu canto.








‘Quero fazer faculdade de Jornalismo’
Júlia, sempre muito estimulada pelos pais Carlos e Cristina e pelos irmãos Chrislane e Rodrigo diz o que ela mais gosta de fazer e, acreditem, estudar.
Eu gosto muito de estudar, ler livros, cantar, ajudar nas tarefas da casa, tocar teclado, ir à Igreja, ver filmes, fazer pulseiras e viajar. São muitas as coisas que eu gosto de fazer. Como gosto muito de estudar, pretendo fazer uma faculdade de Jornalismo.
Júlia Nogueira
Júlia, além de todas as atividades que pratica ainda faz pulseiras lindas: “Faço minhas pulseiras com muito carinho e as vendo para as minhas amigas. Com o dinheiro ajudo meus pais a comprarem o meu material escolar”, ressalta ela.

Acredita que o fato de ter síndrome de Down te impede de fazer alguma coisa?
- Ser Down não me impede de fazer nada. Faço tudo que tenho vontade e que eu gosto, com a ajuda dos meus pais, é claro, que são os amores da minha vida. Deus me deu os melhores pais do mundo para ficarem ao meu lado.
O que você ainda sonha em fazer?
- Tenho muitos sonhos: ser uma grande pianista e uma cantora Gospel, porque gosto muito de cantar. Tenho sonho de trabalhar no Jornal SBT Brasil com Márcia Dantas. Amo esse jornal e não perco um.
‘Sejam felizes, como eu sou’
O que diria para as pessoas que têm a mesma síndrome que você?
- Eu quero dizer que as pessoas com síndrome de Down não podem ser tratadas como coitadinhas. Pessoas com essa síndrome se divertem, estudam, passeiam, trabalham, namoram e se tornam adultos como todo mundo. Então, sejam felizes como eu sou.