Seleção Brasileira enfrenta os seus primeiros adversários na Copa do Mundo

A Copa do Mundo está cada vez mais próxima. Com isso, todas as seleções disputam o título mundial a partir do dia 20 de novembro. A primeira seleção para abordar os principais tópicos como escalação e formação, estilo de jogo e campanha até a Copa é o time da Sérvia.

O elenco sérvio que vai ao Catar carrega na bagagem a missão de reavivar o futebol do país. A missão não será fácil, afinal, disputa no Grupo G, com Brasil, Suíça e Camarões.

Mesmo assim, apostando em talentos individuais como Vlahovic, Mitrovic e Tadic, apresentam um futebol vistoso e criativo diante de seleções de baixo calibre. O treinador Dragan Stojkovic convocou os 26 selecionados para a viagem até o Catar, com isso, o time titular no Mundial de 2022 deve ser o seguinte: D. Vlahovic, D. Tadic, A. Mitrovic, Kostic, I.IIic, Lukic, A. Zivkovic, S. Pavlovic, S. Mitrovic, M. Veljkovic e V.Milinkovic.

A Seleção da Sérvia possui um elenco mediano se analisado coletivamente. No estilo de jogo, os sérvios emplacam velocidade e força física em suas jogadas, valorizam passes longos e também jogadas com a bola aérea.

O elenco sérvio conta com jogadores altos e rápidos, a média de altura é de 1,85m e as jogadas pelo alto costumam ser facilmente vencidas por eles. Mesmo assim, sua defesa é um pouco desengonçada. Se for pega de surpresa sofre para se recompor e toma gols bobos. Um ponto fraco que pode ser explorado pelos adversários. Em bolas paradas, valorizam jogadas ensaiadas e em boa parte das oportunidades, chegam à finalização.

A Sérvia foi à líder do Grupo A nas Eliminatórias Europeias, deixando Portugal de Cristiano Ronaldo na repescagem. Em 8 partidas disputadas, conquistou 6 vitórias e 2 empates. Com uma campanha avassaladora, cravou sua vaga direta ao Catar, com 83% de aproveitamento.

O destaque da Sérvia é o camisa 9, Aleksander Mitrovic. Ele tem 50 gols em 75 jogos com sua seleção, e na Liga das Nações, última competição disputada pela Sérvia antes da Copa, ele marcou 6 gols. O centroavante consegue finalizar com ambas as pernas e também tem um ótimo cabeceio.

A Sérvia esteve em Mundiais com três nomes diferentes. Na época em que seu território era chamado de Iugoslávia, alcançou as semifinais de 1390 e 1962. Já em 2006, como Sérvia e Montenegro, não passou da primeira fase na Copa disputada na Alemanha. Em 2010 e 2018, apenas como Sérvia, caiu novamente na fase de grupos.

A formação da Suíça tem sido clara nas últimas partidas disputadas. O 4-2-3-1 é o favorito do treinador Murat Yakin. Deixando o atacante Embolo, do Mônaco, na frente do gol, ele deixa cinco jogadores nas costas do camisa 7 para a armação das jogadas e para investidas pelas laterais. Na disputa da Liga das Nações, ele montou o time da seguinte maneira: B.Embolo, R.Vargas, D.Show, X.Shaqiri, G.Xhaka, R.Freuler, R.Rodriguez, N. Elvedi, F. Scliar, S.Widmer e Y.Sommer.

A Seleção da Suíça é conhecida por sua solidez defensiva, mas os últimos jogos mostraram que a equipe também sabe ser ofensiva nos momentos em que isso é necessário. Conseguem criar jogadas em todos os espaços do campo de forma veloz e surpreende os adversários com jogadas rápidas pelas laterais, chegando com certa facilidade na pequena área.

A finalização de seus atacantes também é precisa, além disso, eles se destacam em jogadas individuais, com aptidão para buscar a bola no meio-campo e trabalhar a jogada. Bolas aérea também é um dos pontos fortes dos suíços. A força física e impulsão dos jogadores facilitam a conclusão de oportunidades pelo alto.

Líder no Grupo C das Eliminatórias Europeias, a Suíça construiu uma trajetória interessante. Seu grupo contava com Itália, Irlanda do Norte, Bulgária e Lituânia. Em 8 partidas disputadas, acumulou 5 vitórias, 3 empates e não perdeu nenhuma vez. Carimbou o passaporte ao Catar com 75% de aproveitamento e um saldo de 13 gols.

A Suíça esteve nas Copas de 1934, 1938, 1950, 1954, 1962, 1966, retornou apenas em 1994, foi para a Alemanha em 2006 e para as três edições seguintes: 2010, 2014 e 2018.

Sem nunca passar das quartas de final, sua melhor campanha foi justamente na edição que sediou, com 4 jogos, 2 vitórias e 2 derrotas, com 11 gols marcados.

Os selecionados do camaronês Rigobert Song podem variar para a Copa do Mundo se compararmos com o elenco das Eliminatórias. Rigobert treinou a seleção apenas nos dois jogos contra a Argélia, na disputa pela vaga da Copa. Então, utilizamos o padrão de jogo que o ex-treinador português Toni Conceição aderiu para as disputas da Copa Africana de Nações e das Eliminatórias para fazermos o panorama da escalação camaronesa. Nas últimas partidas, os camaroneses jogaram com a formação 4-4-2, e este pode ser o elenco dos Leões na Copa: Aboubakar, Choupo-Moting, Toko-Ekambi, Hongla, Junior Onana, Oum Gouet, Tolo, N.Ngajui, Castelletto, Collins Fai e Onana

Nas últimas partidas, contando a Copa Africana e as Eliminatórias para a Copa, a seleção de Camarões demonstrou um estilo de jogo altamente ofensivo, mas que ainda carece de melhores finalizações. A seleção ainda apresenta falhas para a organização do meio-campo e da defesa, mas quando o ataque é acionado, se esforça para concluir as jogadas e chegar até o gol adversário. Já embaixo de sua meta, conta com a experiência de Onana para fazer as defesas providenciais.

Camarões liderou o Grupo D, onde enfrentou Costa do Marfim, Moçambique e o singelo Malawi. Em seis jogos, venceu cinco e perdeu apenas um. Na fase seguinte, surpreendeu ao eliminar a Argélia, que era tida como favorita na disputa pela vaga. Na primeira partida, perdeu por 1 a 0, mas no segundo embate, jogando na casa dos argelinos, contou com um gol no último minuto da prorrogação, venceu por 2 a 1 e se classificou com a vantagem do gol fora de casa.

O goleiro André Onana, que se destacou durante sua passagem de oito anos pelo Ajax, da Holanda, e hoje defende a Inter de Milão, é o nome de maior destaque e experiência no elenco camaronês. Seu ótimo posicionamento e reflexo nas jogadas são providenciais para a segurança no gol de seu clube e de sua seleção, a qual defende desde 2016.

A seleção camaronesa esteve presente em sete edições do Mundial (1982, 1990, 1994, 1998, 2002, 2010 e 2014). Sua melhor campanha foi no ano de 1990, quando empatou com o Peru, com a Polônia e com a Itália e surpreendeu com seu futebol organizado e firme, figurando na sétima colocação na edição daquele ano.

Como já é tradição na Seleção Brasileira, a maioria do elenco é composta por craques que atuam no futebol europeu, considerado o pólo mais forte do esporte, pelo nível das competições. Conforme as últimas partidas e com a lista de 26 convocados por Tite, o elenco titular no Catar deve ser bem parecido com o que o torcedor brasileiro se acostumou a ver nas disputas mais recentes.

O futebol brasileiro é muito claro. O jogo é rápido, envolvente e de alta qualidade técnica. O time comandado por Adenor Leonardo Bachi, ou Tite, como preferir, é um dos mais sólidos do futebol mundial. Seu elenco conta com estrelas de nível internacional que atuam nos principais times do planeta, e sempre em destaque nas competições que participam.

O aspecto defensivo faz com que a Seleção seja veloz na recomposição de jogadas. A movimentação rápida do grupo da defesa faz com que a bola chegue com qualidade ao meio-campo, que pode atuar de forma mais avançada e constrói jogadas para o ataque por todos os espaços do campo.

Em todas as posições, fica evidente que o Brasil está bem servido. Não podemos negar que todo time tem falhas, e que tem pontos para correção, mas o elenco brasileiro formado para a Copa do Mundo do Catar pode superar as expectativas e lutar de forma convincente pela sexta taça do Mundial.

Incontestável. Essa é a palavra que define a campanha brasileira nas Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. É fato que o Brasil tem a seleção mais forte da América do Sul, mas uma campanha com 17 partidas jogadas, 14 vitórias, 3 empates e nenhuma derrota mostram que a estrutura do futebol brasileiro confirma o poderio da amarelinha.

Durante as Eliminatórias, o Brasil marcou gols em 40 oportunidades, e sofreu apenas 5, tendo 88% de aproveitamento. Uma marca incrível quando se duela contra seleções como Uruguai, Colômbia, Equador e Argentina, que possuem elencos de alta qualidade.

Neymar é o nome que carrega o 10 nas costas, além da responsabilidade de ser o líder do Brasil até o sexto título. Aos 30 anos, o brasileiro chega ao Catar com mais maturidade, maior poder de decisão e possivelmente com mais vontade que nas últimas edições.

Afinal, em 2014 saiu no meio da competição por lesão, e em 2018 o Brasil ficou pelo caminho novamente, agora, em 2022, Neymar anunciou que pode ser sua última Copa do Mundo, e deve ‘jogar a vida’ para erguer o troféu com a Seleção. O atacante soma 74 gols com a amarelinha, sendo 6 em Mundiais, em 10 jogos disputados. Atualmente ocupa a nona posição no quadro de artilheiros do Brasil na Copa, ao lado de Bebeto e Rivellino.

O Brasil é o único país que esteve presente em todas as edições de Copa do Mundo e soma cinco títulos. O primeiro veio em 1958, na Copa da Suécia, quatro anos depois, no Chile, conquistou a segunda estrela. Voltou a ser campeão em 1970, com o brilhante elenco do tricampeonato, conquistado no México. Depois de um jejum de 24 anos, alcançou o tetra na Copa realizada nos Estados Unidos, em 1994, e chegou ao penta em 2002, na Copa da Coréia do Sul e do Japão.

A melhor campanha do Brasil foi justamente a do último título. Em sete jogos, acumulou sete vitórias. Uma campanha invicta com 18 gols feitos e apenas quatro sofridos.

Por Pier Luro

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com

Conteúdo não disponível para cópia