A variante Ômicron foi identificada pela primeira vez em novembro do ano passado (2021), na África Austral, em Botsuana. No Brasil, os primeiros casos foram detectados em São Paulo, também em novembro. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, os 2 primeiros infectados já haviam se vacinado e apresentavam sintomas leves, o terceiro caso no estado não teria sintomas e também estava imunizado.
No Rio de Janeiro, em 20 de dezembro de 2021, o primeiro caso foi descoberto: uma mulher de 27 anos, brasileira, mas residente de Chicago. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou que a moça estava bem e com sintomas leves.
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A médica Cristiane Bittencourt explica que a nova variante é mais transmissível e que, com as festas de fim de ano, era previsto haver um aumento no número de casos dentro de 3 semanas. Segundo a doutora, o pico ainda não foi alcançado. Ela ainda destaca que a variante Ômicron está associada aos quadros clínicos mais leves e que o esquema vacinal tem contribuído para isso.
Luane* testou positivo para Covid-19 no dia 04 de janeiro deste ano (2022). Ela decidiu fazer o teste após um amigo próximo, com quem teve contato, testar positivo para o vírus. Os sintomas se perduraram apenas nos 3 primeiros dias: dor de garganta, tosse seca e cansaço. Luane só saiu do isolamento depois de 17 dias, quando refez o teste e negativou. Ela está vacinada com as duas doses da Pfizer e ressalta que tomará a D3 em fevereiro.
Entendo que, independente do resultado, é nosso dever não colocar outras pessoas em risco, sobretudo, aquelas que não tiveram a responsabilidade de se vacinarem.
Luane
Como ocorre a transmissão?
A doutora Cristiane informa que a transmissão da variante Ômicron acontece da mesma forma que a variante original da Covid: gotículas de saliva, como tosse, espirros, etc. Cristiane enfatiza que o maior pico da transmissão da Ômicron ocorre entre o terceiro e o sexto dia após o início dos sintomas, onde os mais comuns em pessoas vacinadas são coceiras no nariz, tosse seca, dor de garganta, espirros, náuseas, dor de cabeça, dores musculares, diarreias e erupção cutânea. Ela explica que o protocolo de isolamento são de 7 a 10 dias desde o início dos sintomas.
Quando devo fazer o teste?
Ainda de acordo com a médica, o tempo ideal para realizar o teste é de 3 a 8 dias considerado pico. O exame padrão é o método RT- PCR, mas devido à demora para o resultado sair, o teste mais utilizado é o antígeno, “teste rápido”, confiável em 95% dos casos.
Cristiane Bittencourt trabalha na linha de frente no combate à Covid-19, no Hospital Unimed Araruama (Hc Lagos). Ela conta que ainda não precisou internar nenhum paciente e que de acordo com a Organização Mundial da Saúde, pessoas que estão hospitalizadas ainda não se vacinaram, o que reforça a importância da vacinação.
*Nome fictício pois a fonte preferiu não ser identificada.
Por Virgínia Carvalho- Estagiária sob supervisão de Renata Castanho