Morreu hoje (8) na capital paulista o jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP) Dalmo de Abreu Dallari. A universidade não divulgou a causa da morte. Dallari deixa filhos e a esposa, Sueli Dallari.
Aluno de Dallari na Pós-Graduação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes lamentou a perda. “A Democracia e os Direitos Fundamentais perderam hoje um de seus maiores defensores. Com inteligência, coragem e sabedoria, Dalmo Dallari foi um exemplo para gerações de professores e estudantes. Tive a honra de ser seu aluno e orientando na USP. Meus sentimentos à sua família”, ressaltou.
Dalmo Dallari formou-se em Direito pela USP 1957. Em seguida, foi aprovado, em 1963, no concurso para livre-docente em Teoria Geral do Estado na mesma faculdade. No ano seguinte passou a integrar o corpo docente da universidade. Em 1974, venceu o concurso de títulos e provas para professor titular de Teoria Geral do Estado. Chegou a ser diretor da FDUSP, de 1986 a 1990.
Segundo a Faculdade de Direito da USP, as principais marcas da carreira do professor ocorreram logo após o golpe de 1964, quando Dallari passou a fazer oposição à ditadura militar. A partir de 1972, ajudou a organizar a Comissão Pontifícia de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, entidade ativa na defesa dos direitos humanos.
Entre suas principais obras do jurista estão Elementos de Teoria Geral do Estado, e Perspectivas do Estado para o futuro, O Futuro do Estado, em que trata do conceito de estado mundial, do mundo sem estados, dos chamados superestados e dos múltiplos estados do bem-estar.
Na vida pública, entre outros postos, Dallari ocupou o cargo de Secretário dos Negócios Jurídicos da Prefeitura do Município de São Paulo, de 1990 a 1992. Entre premiações recebidas na carreira, destaca-se o Prêmio Juca Pato, em 1980, concedido anualmente União Brasileira de Escritores.
O velório do jurista ocorrerá no Salão Nobre da FDUSP, a partir do final da tarde de hoje.
*com informações da Agência Brasil.