A jovem escritora Joyce Luíse, de 19 anos, é uma artista com muitos talentos. Moradora de Araruama ela encontrou nos poemas e desenhos uma forma de se expressar e entender melhor os próprios sentimentos. Em entrevista ao Portal Costa do Sol, Joyce fala sobre a trajetória no mundo da literatura e o livro “Devaneios”.
Quando começou a escrever e desenhar?
– Eu tinha por volta de oito anos quando escrevi meu primeiro poema, até falo sobre isso no livro, e comecei a compor músicas das quais não entendo agora, mas devia fazer sentido para a minha versão “mais nova”. E eu tive alguns desencontros e reencontros com a poesia na minha pré-adolescência, até que um dia, me vendo fascinada pela literatura, comecei a escrever de forma mais frenética, em 2018. A partir de então, tenho vivido num relacionamento constante com ela, quando notei que ela me fazia entender melhor quem eu sou, e o que eu poderia fazer pelo outro. O desenho é algo que gosto desde a infância, assim como a arte e suas áreas em geral. Mas apenas com 11 anos, tentando desenhar no estilo realista, vi que eu levava algum jeito. Ao escrever o livro e sentir a necessidade de ilustração, pensei que eu poderia desenhar de forma a complementar o que sentia em relação aos poemas.
Do que trata o livro “Devaneios”?
“Devaneios” é como uma flecha direcionada aos corações de quem o lê. Nele você encontra poemas sobre amor, a vida e todas as bagagens que carregamos, algumas mais pesadas que outras. O livro dá acesso ao mais íntimo de um coração intenso, que em forma de poesia, desabafa o que não pôde ser dito antes.
É composto por 5 capítulos, relacionando com os sentidos, o que precisa ser sentido, dito, ouvido e visto. Com uma linguagem mais atual e cotidiana, o objetivo é adentrar a intimidade do leitor e trazer inspiração e conforto para a introspecção que há em cada um que folheia as páginas.
Qual foi a motivação de escrever a obra?
Fiz por mim, e fiz pelo outro, ao pensar que de alguma forma, através de poemas, eu poderia tocar, ajudar ou libertar alguém. Que talvez eu consiga expressar o que eu queria ter consumido em certos momentos da minha vida, para que outrem possa. Eu quis mostrar minha visão, quis dizer algo, quis sentir algo, e dentro deste livro há muito dos meus sentimentos, muitas das minhas descobertas, e muito dos meus sonhos.
Como é ser mulher, jovem e escritora?
É gratificante, mas também complicado, ainda estou começando, mas são características que possivelmente me trarão falta de credibilidade em algum momento da minha vida, o que é um grande problema da visão da sociedade.
Qual mensagem seu livro passa?
Eu quero que os leitores lembrem o quanto é gostoso estar apaixonado, mas o quanto é necessário se priorizar. Quero que saibam que tudo bem chorar, tudo bem desmoronar e se reconstruir depois. Quero que de alguma forma as dores possam ficar mais suportáveis e mais rentáveis, que as críticas possam afetar o mundo de forma consciente e obter resultados positivos com isso, que os poemas possam trazer para o exterior alguma inspiração profunda e envergonhada dos que os leem, entre muitas outras coisas. Acho que o livro passa muitas mensagens, me vi descobrindo coisas sobre mim toda vez que o relia para conferir. Acredito que eu possa transmitir algo de acordo com a particularidade de cada um.
Que outras atividades realiza?
Atualmente, estou cursando psicologia e trabalhando como professora de dança. Mas sempre estou buscando me envolver cada vez mais com a arte e suas áreas, então pode ser que em certo momento você me veja pintando uma parede e em outro tentando aprender um novo instrumento.
O livro está disponível na livraria Castro Alves, em Araruama e em livrarias online.
Contato: https://www.instagram.com/_joy_joy_joy_joy_/ – (21) 96940-7100
Por Fernanda Guterres Santana