Projeto surgiu de acordo entre a Faetec e a Secretaria de Estado da Mulher
Uma parceria entre a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e a Secretaria de Estado da Mulher vai destinar mais de 1.300 vagas de formação profissional para mulheres vítimas de violência doméstica. A aulas estão prevista para começar em 31 de julho.
A iniciativa, firmada através de um Termo de Cooperação Técnica, surgiu a partir da lei 9662/2022, que prevê a capacitação das mulheres em situação de vulnerabilidade social e desemprego, encaminhadas para os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) e abrigos institucionais. As instituições parceiras da Secretaria da Mulher vão encaminhar os dados das mulheres para a Faetec, que terá 5% das vagas dos cursos profissionalizantes reservadas para este público.
Entre as opções oferecidas estão: assistente administrativa, assistente de logística, cabeleireira, confeiteira, cuidadora de idosos, encanadora instaladora predial, inglês, maquiadora, massagista, operadora de computador, operadora de editoração eletrônica, pizzaiola e programadora Web.
– A parceria não resultará em novos custos a nenhuma das instituições e trará somente benefícios para as mulheres atendidas – disse a secretária da Mulher, Heloísa Aguiar.
Para a presidente da Faetec, Caroline Alves, o compromisso entre as duas instituições garante que muitas mulheres em situação de violência tenham a oportunidade de se profissionalizar e, por meio do trabalho, transformar suas vidas.
– Graças a esse acordo, vamos atender 94 unidades e, nesse primeiro momento, com 1.319 vagas. O nosso objetivo é ampliar esse número -, declarou.
O termo foi assinado pela secretária de Estado da Mulher, Heloísa Aguiar; e Caroline Alves. Também participaram da cerimônia de assinatura o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Mauro Azevedo Neto; a diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher da Secretaria de Polícia Civil, Gabriela Von Beauvais da Silva; e a deputada estadual Célia Jordão. A Faetec é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O secretário Mauro Azevedo Neto reforçou que aprender uma profissão pode ser o início de uma independência financeira para as mulheres vítimas, já que grande parte delas é dependente financeira dos agressores, o que dificulta o término dos episódios de agressão.
– É gratificante. Esta é uma oportunidade concreta, real e efetiva, que possibilita a essas mulheres encontrarem uma saída -, concluiu o secretário.
Carol Félix faz parte de um projeto social que há seis anos encaminha mulheres de diferentes comunidades do Rio de Janeiro a cursos e empregos. Líder comunitária na Mangueira, ela relata que muitas dessas mulheres que fizeram cursos na Faetec conseguiram empregos após a capacitação. Para Carol, as oportunidades oferecidas pela parceria podem ser fundamentais na vida de mulheres que vivem em situação de violência.
– Elas se matricularam na Faetec, a maioria na unidade da Mangueira. Fizeram um curso de qualificação profissional, conseguiram um trabalho e renda. Assim elas conseguem se sustentar e enxergar outros caminhos -, concluiu Carol.
Fonte e Foto: Governo do Estado do Rio de Janeiro