Sempre procuro escrever assuntos que são vivenciados na rotina da clínica e esse artigo visa alertar sobre uma doença de grande ocorrência no Estado do Rio de Janeiro, que afeta principalmente os felinos, causada por um fungo chamado Sporothix schenckii, que geralmente habita o solo, palhas, vegetais e também madeiras, podendo ser transmitido por meio de materiais contaminados, como farpas ou espinhos.
É uma doença de fácil transmissão, mas que pode ser tratada assim que identificada.
Animais contaminados, em especial os gatos, podem transmitir a doença para outros animais e para os seres humanos por meio de arranhões, mordidas e contato direto com a lesão.
As manifestações clínicas nos animais são variadas, mas os sinais mais observados são lesões ulceradas de pele, que não cicatrizam e costumam evoluir rapidamente.
Em humanos, a doença se manifesta na forma de lesões na pele, que começam com um pequeno caroço vermelho, podendo virar uma ferida. Geralmente aparecem nos braços, nas pernas ou no rosto, às vezes formando uma fileira de carocinhos ou feridas. O ideal é procurar um dermatologista para obter um diagnóstico adequado.
Animais doentes devem ser separados dos outros, mas não devem nunca ser abandonados. Se isso acontecer, eles podem espalhar ainda mais a doença. Caso suspeite que seu animal de estimação esteja com esporotricose, procure um médico veterinário para receber orientações sobre como cuidar dele sem correr o risco de ser também contaminado.
Aproveitando a oportunidade para falar de prevenção, minha principal recomendação é evitar que os gatos tenham acesso livre à rua, para evitar brigas com outros gatos e também outros tipos de acidente.
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Leticia Piccoli
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