Em uma entrevista emocionante ao PodCosta, o renomado artista plástico Fernando Pacheco compartilhou sua trajetória de seis décadas dedicadas às artes plásticas, destacando a importância da arte como um idioma universal que transcende fronteiras geográficas e culturais. Nascido em São João Del Rei, Minas Gerais, Pacheco foi profundamente influenciado pela arte barroca e pela riqueza cultural de sua terra natal, elementos que moldaram sua visão artística desde a infância.
Desde cedo, Fernando Pacheco demonstrou uma conexão única com o mundo da criação. Aos 6 anos, mudou-se para Belo Horizonte, onde, na adolescência, mergulhou no universo da música, formando uma banda de rock inspirada nos Beatles. No entanto, foi na pintura que ele encontrou sua verdadeira vocação. Sem formação acadêmica, Pacheco desenvolveu uma técnica única, influenciada por grandes mestres e pela intuição que o guiou ao longo de sua carreira.
Com exposições em todos os continentes, o artista plástico destacou o poder mobilizador da arte, que ultrapassa barreiras linguísticas e culturais. Ele relembrou experiências marcantes, como exposições na China, Taiwan e Nova Zelândia, onde sua arte figurativa e humanista foi compreendida e apreciada por públicos diversos. Para ele, a arte é um reflexo da alma humana, capaz de despertar emoções e reflexões profundas, independentemente de onde seja exibida.
Fernando Pacheco também falou sobre sua experiência na pintura ao vivo, as famosas lives, que iniciaram durante a pandemia. Em diversos eventos, ele transformou telas em branco em obras de arte diante dos olhos dos espectadores, criando uma interação única e emocionante.
Do barroco ao expressionismo caipira: as raízes mineiras de Fernando Pacheco
As raízes mineiras de Pacheco são evidentes em sua obra, que combina elementos do barroco com um expressionismo singular, que ele chama de “expressionismo caipira”. Influenciado pelas igrejas barrocas de São João Del Rei e pelas procissões que marcaram sua infância, o artista criou um estilo teatral e dramático, repleto de cores e mistérios. Sua pintura, segundo ele, é uma extensão de seu mundo interior, onde a fantasia e a realidade se misturam.
Além de pintor, Pacheco é poeta e escritor, com seis livros publicados sobre sua obra. Sua produção artística também foi tema de dois documentários, que exploram sua trajetória e o impacto de sua arte no cenário cultural brasileiro e internacional. O artista também destacou o papel fundamental de sua esposa, Nina Pacheco, em sua carreira. Juntos há 44 anos, Nina é sua parceira em todas as etapas do processo criativo, desde a organização de exposições até a logística de viagens internacionais. Para Pacheco, ela é uma presença indispensável em sua vida e em sua arte.
Ao final da entrevista, Pacheco deixou uma mensagem inspiradora para os ouvintes: “Nunca parem de sonhar”. Para ele, o sonho é tão concreto quanto a realidade, e a arte é o caminho mais curto para explorar os mistérios da vida. Com uma carreira marcada por exposições internacionais, livros publicados e documentários, Pacheco continua a inspirar novas gerações de artistas e amantes da arte, provando que a criatividade e a paixão não têm limites.
A entrevista com Fernando Pacheco no PodCosta foi um verdadeiro mergulho no universo da arte, da criatividade e da humanidade. Sua trajetória é um testemunho do poder transformador da arte e da importância de manter viva a chama da imaginação. Como ele mesmo disse, “o olhar da arte vai além da parede, é o olhar da imaginação”. E é com essa mensagem que encerramos mais uma edição do PodCosta, celebrando a vida, a arte e os sonhos que nos movem.
Por Luigi do Valle
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