Entregadores de aplicativos: um novo poder

Na semana passada uma paralisação foi organizada por entregadores de aplicativos em diferentes estados com diversas reivindicações. Os entregadores querem reajuste nas taxas mínimas, que leve em conta os aumentos dos combustíveis. Além disso, querem também melhorias nas informações do local de destino, mais incentivos para profissionais com melhor pontuação, câmeras em carros de motoristas mulheres e melhor suporte direto com as empresas.

Isso sem falar no vínculo empregatício, que cubra danos aos veículos e que dê algum suporte financeiro aos motoristas em caso de acidentes ou assaltos. Essa foi a segunda paralisação da categoria em poucos dias. O iFood, por exemplo, pagaria R$ 6 como valor mínimo de rota mais R$ 1,50 por quilômetro rodado, o que é considerado insuficiente pelos manifestantes.

Em nota, iFood, 99 e Rappi alegam que “respeitam o direito de manifestação e que mantêm diálogo com os entregadores”. O iFood ainda ressalta que o atual reajuste será o terceiro em um período de 12 meses, enquanto a 99 adotou uma taxa variável no final do mês passado. Além desses motoristas estarem se fortalecendo por meio de associações e sindicatos, eles também possuem grupos de Whatsapp e Telegram onde trocam informações e um apagão da categoria pode representar milhões em prejuízo para as empresas desses aplicativos e também para os comércios que vendem seus produtos nessas plataformas.

Contra-ataque
Uma reportagem de Clarissa Levy publicada no site Agência Pública esta semana, porém, joga luz em uma estratégia de algumas agências de publicidade que seriam contratadas pelo iFood para criar perfis falsos e páginas nas redes sociais para tentar desqualificar o movimento dos entregadores, sobretudo um de seus líderes Paulo Lima, conhecido como Galo. Um vídeo de uma reunião online de publicitários dessas agências vazou na internet e alguns desses perfis foram expostos. Pessoas também teriam sido contratadas para se infiltrar nas manifestações de rua. Em nota, o iFood e as agências citadas na reportagem negaram qualquer ilegalidade.

E você, já imaginou um mundo sem os aplicativos de delivery? E sem Uber ou 99? Voltaríamos pro táxi e pro ônibus? Ou você está do lado dos entregadores, mesmo que isso signifique pagar mais caro pelo serviço? Me conta o que você acha no instagram @marcelosander. Por uma internet melhor para todos, até o próximo artigo!

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