Dia Internacional da Mulher: temos o que comemorar?

O Dia Internacional da Mulher, celebrado hoje, 8 de março, marca uma data relacionada há décadas de luta por igualdade e melhores condições de vida. Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o dia, entretanto, ele já era comemorado desde o início do século. 

No ano de 1909 um dos primeiros movimentos feministas parou Nova York. Em uma passeata, cerca de 15 mil mulheres se juntaram para reivindicarem melhores condições trabalhistas. Um pouco depois, 1917, mulheres russas novamente se mobilizaram, mas dessa vez para pedirem ao país que saísse da Primeira Guerra Mundial, levando em consideração os indivíduos que sofriam com a fome e a pobreza. 

Com isso, o dia 8 de março simboliza e reconheceas lutas de outras mulheres, que no passado buscaram direito ao voto, à educação, à igualdade salarial e outros. 

Coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher de Araruama, Fabrícia Siqueira se sente uma mulher empoderada no dia. “Empoderada por ser uma mulher guerreira e que briga pelo direito das mulheres”, enfatiza. 

“Hoje é um dia onde me sinto muito feliz por ser uma mulher realizada. Poder ser uma base para as mulheres que estão em situação de violência e dar um suporte com a minha profissão, por ser advogada”. 

Fabrícia Siqueira

Brasil  é o 5º país que mais mata mulheres no mundo

Apesar das redes públicas de apoio às mulheres vítimas de violência, e mesmo com muitos anos de batalhas e conquistas, o Brasil segue como o 5° país que mais mata mulheres no mundo, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país. 

Há sete anos, o feminicídio foi reconhecido como um crime de ódio contra mulheres. O Brasil alterou o Código Penal Brasileiro e incluiu a Lei 13.104. “Feminicídio contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: violência doméstica e familiar; menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. 

Um dia após a data comemorada, o feminicídio, reconhecido como crime em 9 de março, é o desfecho mais cruel da violência contra a mulher. Dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que em 2021 houve um acréscimo de 3,7% em relação ao ano anterior: 56.098 estupros, incluindo vulneráveis, apenas do gênero feminino. 

Hoje, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, muitas recebem flores e mensagens de carinho, mas o maior presente é o respeito diário a todas que se identificam como tal. 8 de março marca a luta aos direitos igualitários em uma sociedade que mais mata o gênero.

Leia mais: https://portalcostadosol.com.br/violencia-contra-mulher-nao-seja-mais-uma-vitima/

*Foto destaque: Maria C

Por Virgínia Carvalho- Estagiária (Supervisão: Renata Castanho)

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