Dia Internacional da Mulher: De quais mudanças o mundo precisa para as mulheres?

Hoje, no dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher.  A data foi oficialmente criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1977. Porém, antes disso, esse dia já era utilizado por movimentos femininos como referência para celebrar a luta pelos direitos das mulheres.

A data foi escolhida, principalmente, por conta de dois eventos: o incêndio na fábrica de roupas, em Nova York (1911), tragédia que deixou em evidência as terríveis condições de trabalho na qual as mulheres eram submetidas; e a marcha das mulheres, na Rússia (1917), por “pão e paz”, que iniciou uma revolução de efeitos globais que reverberam até hoje.

Apesar da luta dessas mulheres ter trazido diversas conquistas para a nossa atualidade, como o direito de votarem e de serem votadas, Lei do Divórcio, Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, muito ainda precisa ser feito para que os direitos sejam, de fato, respeitados.

O Portal Costa do Sol conversou com mulheres de diversas áreas de atuação e fez a seguinte pergunta: De quais mudanças o mundo precisa para as mulheres?

“Dentro da realidade nacional precisamos de muitas mudanças estruturais:  isonomia salarial, igualdade de direitos, políticas públicas de saúde, seguranças e educação. Precisamos de respeito e igualdade. Coisas que assegurem à mulher o direito de participar do mercado de trabalho, de ser mulher, mãe e ser humano. Que deem a gente a liberdade de ser o que somos. Falta um olhar igualitário entre homens e mulheres, onde não exista supremacia de gênero e sim igualdade entre seres humanos” Professora Valéria Amaral, historiadora e ex-vereadora no município de Araruama.

“Ainda estamos bem longe do mundo que gostaríamos para as mulheres porém, eu tenho certeza de que se tivéssemos o respeito que merecemos, o mundo já estaria bem diferente e cada vez mais próximo do que almejamos. Somos capacitadas, temos formação, mas isso tudo sem o devido respeito, não conseguiremos avançar muito”, Monike Azevedo, triatleta e fundadora do “Projeto Monike Azevedo”.

“Precisamos continuar lutando por IGUALDADE. O Estado não possui uma efetiva proteção às mulheres e assim os casos de violência continuam nas estatísticas que demonstram total falta de respeito e descaso. Precisamos garantir salários iguais e lutar para vencer as desigualdades, estabelecer a igualdade de gêneros”, Katia Cardoso, publicitária e Diretora da Rádio Costa do Sol.

“Precisamos de equidade de direitos mundial para mulheres. Pois neste momento, uma mulher no mundo árabe é morta por não estar com o véu adequadamente cobrindo todo o seu cabelo. Precisamos ser vistas, não como objeto sexual  e sim como seres capazes. Ainda existem mulheres que precisam ser livres para poderem ser o que são. Precisamos ter  liberdade de escolha”, Thammy Carvalho, fotógrafa e jornalista,  fundadora do Projeto “Olhar da Perifa”.

“A base desta resposta é a igualdade e isonomia em todas as searas. Começando pelo uso dos “tempos”. A mulher é sobrecarregada, tem que haver essa igualdade do uso dos tempos, existem até livros já tratando desse assunto. Precisamos também de igualdade jurídica e na atividades laborativas”, Dra Alessandra de Souza Araujo,  Juíza de Direito da 1ª Vara de Araruama e da Vara Única de Iguaba Grande.

“Uma mulher forte não tem medo de encarar o mundo, pois sabe o valor e o poder que tem!”

Por Fernanda Guterres Santana

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