Os advogados Constituinte Eymael (DC) e Roberto Jefferson (PTB) e a senadora Soraya Thronicke (UNIÃO/MS) estão registrados na Justiça Eleitoral para concorrer à presidência da República nas eleições de 2022.
Os nomes se juntam aos de Ciro Gomes (PDT), Felipe d’Ávila (NOVO), Jair Bolsonaro (PL), Léo Péricles (UP), Lula (PT), Pablo Marçal (PROS), Simone Tebet (MDB), Sofia Manzano (PCB) e Vera (PSTU) como presidenciáveis neste ano.
A candidatura de Pablo Marçal, no entanto, é uma incógnita, já que a direção do PROS é objeto de disputa judicial entre o grupo que deseja manter candidato próprio e outro que defende apoio já no primeiro turno ao ex-presidente Lula.
Constituinte Eymael
Filiado ao Democracia Cristã, José Maria Eymael é gaúcho de Porto Alegre. Casado, ele tem 82 anos de idade.
O DC não fechou coligação com outros partidos. Portanto, Eymael compõe chapa puro-sangue com o economista João Barbosa Bravo, o Professor Bravo (DC).
Fluminense de São Gonçalo, o candidato é casado e tem 75 anos.
José Maria Eymael declarou um patrimônio de R$1.584.939,91 à Justiça Eleitoral. Enquanto isso, Professor Bravo reportou R$1.452,87 em bens.
Ao lado de Lula, Eymael é recordista em corridas presidenciais. Filiado ao PSDC/DC, concorre pela sexta vez ao Palácio do Planalto. Foi candidato em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, nunca tendo sido eleito.
Disputou eleição pela primeira vez em 1982, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), quando concorreu, sem sucesso, a uma vaga na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.
Em 1985, foi candidato, pela primeira vez, à prefeitura de São Paulo pelo PDC. O jingle de sua campanha, com o refrão “Ey Ey Eymael, um democrata cristão…”, é, ainda hoje, bastante popular. Contudo, não foi o bastante para que ele fosse eleito na ocasião.
Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte. Cargo para o qual foi reeleito em 1990.
Tentou, novamente, chegar à Prefeitura de São Paulo em 1988 e em 1992, novamente sendo derrotado em ambas.
Disputou, já pelo PSDC, as eleições de 2002 como candidato a deputado federal. Não foi eleito. Em 2012, tentou, sem sucesso, assumir a Prefeitura de São Paulo.
Já Professor Bravo, segundo dados do DivulgaCand, só participou, até agora, das eleições de 2014, na qual foi candidato a deputado federal pelo extinto PT do B do Rio de Janeiro. Na ocasião, não foi eleito.
Roberto Jefferson
Filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro, Roberto Jefferson Monteiro Francisco é fluminense de Petrópolis. Casado, tem 69 anos.
O PTB não fechou coligação com outros partidos. Portanto, Jefferson compõe chapa puro-sangue com o padre Kelmon Luis da Silva Souza, o Padre Kelmon (PTB).
Solteiro, Kelmon é baiano de Acajutiba e tem 45 anos.
O candidato à presidência declarou um patrimônio de R$745.323,41. Já Kelmon reportou R$8.548,13 em bens ao TSE.
Roberto Jefferson tem um histórico vitorioso na disputa de deputado federal pelo Rio de Janeiro. Foi eleito para seis mandatos consecutivos (1982, 1986, 1990, 1994, 1998 e 2002). Sempre pelo PTB.
Em 2005, teve o mandato cassado pela prática de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sendo um dos principais atores envolvidos no esquema conhecido como mensalão.
Está preso desde o ano passado por ordem do STF devido a participação em atos antidemocráticos. Atualmente, cumpre a pena em regime domiciliar.
Roberto Jefferson também foi candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro em 1988, mas não foi eleito.
Padre Kelmon, por sua vez, de acordo com a Justiça Eleitoral, concorre às eleições pela primeira vez.
Soraya Thronicke
Filiado ao União Brasil, Soraya Vieira Thronicke é sul-mato-grossense de Dourados. Casada, tem 49 anos.
O União Brasil não fechou coligação com outros partidos. Portanto, Soraya compõe chapa puro-sangue com o professor Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, o Marcos Cintra (UNIÃO).
Casado, Marcos é paulista da cidade de São Paulo e tem 76 anos.
A candidata à presidência declarou um patrimônio de R$783.000,00. Já Marcos reportou R$12.586.586,33 em bens ao TSE.
Soraya Thronicke participa pelas eleições, de acordo com o DivulgaCand, pela segunda vez. Em 2018, foi eleita senadora pelo extinto PSL do Mato Grosso do Sul. Caso não vença as eleições, segue com o mandato no Senado até janeiro de 2027.
Cintra, por sua vez, foi eleito vereador de São Paulo em 1992 e em 2008, respectivamente, pelo PL e pelo PR.
Em 1998, foi eleito deputado federal pelo PL de São Paulo. Também concorreu, mas sem sucesso, à Prefeitura paulistana em 2000.
*Por Luiz Felipe Rodrigues, estagiário sob supervisão de Renata Castanho.