Coluna Veterinária: Castração em gatas e cadelas: afinal, vale a pena?

Com a chegada do Outubro Rosa, o mês de conscientização sobre o câncer de mama, muitos tutores se perguntam: será que a castração realmente faz diferença na prevenção de doenças em gatas e cadelas? A resposta é sim! A castração, além de controlar a população de pets, oferece uma série de benefícios à saúde, especialmente quando falamos de doenças como o câncer de mama e a piometra (infecção no útero).


A relação entre a castração e o câncer de mama


O câncer de mama é uma das neoplasias mais comuns em cadelas e gatas, especialmente naquelas que não foram castradas. Quando a castração é realizada entre o primeiro e o segundo cio, o risco de desenvolver câncer de mama cai drasticamente. Isso acontece porque os hormônios sexuais, como o estrogênio, têm um papel importante no desenvolvimento de tumores mamários. Sem esses hormônios, a chance de surgirem tumores malignos é muito menor.


Prevenção de outras doenças: piometra, câncer de útero e ovários


Além da prevenção do câncer de mama, a castração também protege contra a piometra, uma grave infecção uterina que pode ser fatal se não for tratada a tempo. A piometra ocorre quando o útero acumula pus, geralmente após o cio. Cadelas e gatas não castradas têm um risco muito maior de desenvolver essa infecção. Castrar o pet elimina a possibilidade de piometra, além de prevenir o câncer de útero e ovários, já que esses órgãos são removidos durante o procedimento.


Vantagens além da prevenção de doenças


Além de prevenir doenças graves, a castração também contribui para o bem-estar geral do animal. Animais castrados tendem a ser mais calmos e, nas fêmeas, isso se reflete em comportamentos menos intensos relacionados ao ciclo reprodutivo. Também há a vantagem de evitar gestações indesejadas e o estresse do cio, que pode ser desconfortável tanto para o animal quanto para os tutores.


Desvantagens da castração


Como qualquer procedimento cirúrgico, a castração também tem seus riscos e desvantagens. A cirurgia envolve anestesia, que pode trazer complicações em animais mais velhos ou com problemas de saúde. Além disso, há o risco de ganho de peso após a castração, pois o metabolismo do animal tende a diminuir. No entanto, com uma dieta equilibrada e exercícios regulares, esse aumento de peso pode ser facilmente controlado.


Quando castrar?


A recomendação mais atual é aguardar pelo menos até o primeiro cio para realizar a castração. Isso ajuda a reduzir os riscos associados à castração precoce, ao mesmo tempo em que mantém os benefícios preventivos para a saúde. É importante conversar com o veterinário sobre o melhor momento para castrar, levando em consideração as particularidades de cada animal.


Conclusão


Castrar sua gata ou cadela após o primeiro cio pode trazer muitos benefícios, incluindo a prevenção de doenças graves como o câncer de mama e a piometra. Além disso, o procedimento pode melhorar a qualidade de vida do animal, proporcionando mais tranquilidade e longevidade. Neste Outubro Rosa, lembre-se de que a prevenção é sempre o melhor caminho, tanto para os tutores quanto para seus pets.

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