Chez Valèrie: a doce e delicada culinária de Valéria Ferreira

É possível que o gosto pela culinária tenha vindo de sua formação acadêmica, a Nutrição, que estuda a relação entre alimentos e nutrientes.

Valéria Ferreira também é formada em Biologia, além de ter cursos de Hotelaria, Turismo e Confeitaria. “Agora estou terminando o curso de Cake Design”, diz ela.

-Sempre gostei muito de cozinhar e de fazer bolos e doces. Antes de mudar para Araruama, trabalhava como Nutricionista e, nos fins de semana, fazia geleias que eram vendidas durante a semana. Sempre fiz conservas para uso em família, e eram muito boas! Os amigos falavam: – faz para vender!, diz a Valéria Ferreira.

A ‘Chez Valèrie’ nasceu da necessidade de ter uma renda para as despesas da casa numa época difícil.

-Durante uma crise financeira em casa, quando meu marido ficou doente e logo depois precisou de cirurgia e, consequentemente, ficou sem trabalhar por um tempo, e como profissional liberal, se não trabalha não tem dinheiro, resolvi começar a fazer minhas conservas para vender e ajudar nas despesas da casa, diz a confeiteira.

O nome francês ‘Chez Valèrie’ tem um significado aconchegante e simbólico. “Coloquei esse nome porque amo a França e, como as coisas que fazia eram feitas em casa, resolvi dar esse nome. Significa: ‘na casa da Valéria’, explica ela.

Valéria começou a fazer conservas em 2016 e bolos em 2019.

-Das conservas para os bolos caseiros diferenciados foi um ‘pulo’, porque queria fazer algo diferente, algo que gostaria de ver nas prateleiras para comprar em Araruama, mas não encontrava. E me encontrei na Confeitaria. Estou sempre procurando fazer algo diferente, como as receitas de família: bolo de Capim Limão, de Aipim, de Cerejas, a Salada Natalina de Bacalhau, as Rabanadas, os Quindins, exemplifica.

Aprimorando ideias de novos sabores e conceitos, Valéria começou a confeccionar os ‘cookies’.

-Não encontrava aqui o que me agradava. Foram muitos testes, até chegar ao que vendo hoje, que muitos clientes dizem ser “o melhor cookie de Araruama”. Minha cabeça não para de tantas ideias que tenho, avalia a confeiteira.

‘A culinária é um campo inesgotável e essa alquimia dos alimentos me encanta’

Estudiosa de novos sabores, Valéria Ferreira é uma aluna dedicada e atenta aos novos aprendizados.

– Estudo no ‘Instituto Gourmet’, e faço vários cursos on-line. Terminei o curso de Confeitaria no início desse ano e concluo o de ‘Cake Design’ no início do ano que vem. Mas acho que não paro por aqui. Tenho ‘sede’ em aprender. Todo dia aprendo algo novo. Além dos cursos on-line que faço. E a confeitaria está sempre mudando, eu sempre quero estar testando todas as novas tendências de mercado, diz Valéria.

Opções para quem tem restrições alimentares?

-Faço algumas opções de bolos ‘fit’, geralmente sem açúcar. Estou terminando um curso de Bolos Saudáveis: sem açúcar, sem glúten, sem lactose. Logo que terminar, terei um leque de opções saudáveis para venda. E esses bolos entrarão em meu cardápio semanal, explica ela.

O cardápio de doces modifica com as novidades que surgem?

-Sim, sempre procuro seguir as tendências, sem esquecer as preferências dos meus clientes. Procuro colocar em meu cardápio os produtos que estão na safra, não só pelo custo, mas principalmente pela qualidade. Quando tenho uma ideia, coloco em prática e vejo se gosto. Porque não vendo NADA que eu não goste. Aí dou uma amostra para alguns clientes darem a opinião e, se a maioria aprova, eu coloco à venda. Tenho bolos que não saem do cardápio, porque os clientes solicitam independente da época do ano, se está frio ou calor. É o caso do CHOCOLATUDO e do Bolo de Milho Verde. Esses eu faço toda semana, pondera.

A confeiteira Valéria Ferreira participa de feiras e encontros de negócios, mas o forte de suas encomendas é pela internet.

-Geralmente eu monto o cardápio da semana na segunda ou terça feira, com 5 sabores de bolos, 1 bolo FIT, 3 bolos salgados e os cookies, quindins, pastéis de nata, etc…, que são extras. Divulgo o cardápio nas redes sociais e nas minhas linhas de transmissão. Meus clientes fazem as reservas e eu entrego na sexta feira. Porque ainda trabalho na minha empresa que não tem nada a ver com Confeitaria ou Culinária, explica ela.

Novos projetos?

-Sempre. Como faço o Nhoque da Fortuna todo dia 29, alguns clientes querem nhoque fora dessa data. O famoso Bobó de Camarão, que vendo congelado, gostaria de comercializá-lo fresco, mas também não consigo, ainda, assim como o Camarão com Catupiry e as sopas congeladas que faço no inverno. O Bolo de Rolo, que amo fazer e que os clientes amam, gostaria de fazer sempre, mas só consigo fazer por encomenda. Gostaria de fazer tábuas de frios para fins de semana, mas as ofertas desses itens aqui para montar uma bela tábua, ainda são pequenas. Ideias não faltam. No futuro, quem sabe a Chez Valerie não se torne física?  É um sonho, por enquanto, finaliza.

Por Renata Castanho

@delicias.valerie

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