Um dos principais patrimônios históricos e culturais de São Pedro da Aldeia, a Casa dos Azulejos celebra um ano de reabertura ao público com um número expressivo de visitantes. Desde a reabertura oficial, em 17 de setembro de 2024, o espaço já recebeu cerca de quatro mil visitantes, entre moradores, turistas, pesquisadores e estudantes da região. Com entrada gratuita, o espaço fica aberto à visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 12h às 18h.
O imóvel histórico, localizado no Centro da cidade, passou por um processo de revitalização antes de reabrir as portas como espaço cultural, reunindo exposições permanentes, atividades educativas e visitas guiadas. Ao longo do último ano, a Casa dos Azulejos sediou eventos culturais, apresentações artísticas e oficinas, tornando-se ponto de referência para quem busca conhecer a história e a identidade aldeense.


Segundo o secretário municipal de Turismo e Eventos, Rodolfo Jotha, o resultado é reflexo de um trabalho contínuo de valorização do patrimônio local. “A Casa dos Azulejos é um símbolo da nossa história e uma ferramenta fundamental para o fortalecimento do turismo cultural em São Pedro da Aldeia. A retomada das atividades permitiu que mais pessoas tivessem acesso à riqueza do nosso passado e isso se reflete no interesse crescente do público”, destacou. A Casa dos Azulejos é um dos poucos exemplares da arquitetura luso-brasileira do século XIX ainda preservados na Região dos Lagos. O nome vem dos tradicionais azulejos portugueses que ornamentam sua fachada, com peças originais datadas de quase 200 anos. Construída em 1847 pela família do fazendeiro português Feliciano Gonçalves Negreiro, seu design reflete as características típicas das casas rurais portuguesas da época. Para sua construção, foram empregados materiais tradicionais, como uma argamassa composta por argila, conchas e óleo de baleia. O elemento que torna essa casa única, e que dá origem ao seu nome, é o revestimento de azulejos trazidos diretamente de Portugal. O telhado, por sua vez, foi elaborado com madeira rústica e telhas de barro, moldadas artesanalmente por trabalhadores escravizados no século XIX. Um dos episódios históricos mais importantes relacionados à Casa dos Azulejos aconteceu em 1868, quando a residência recebeu a visita da Princesa Isabel e de seu esposo, o príncipe Gastão de Orléans, Conde d’Eu, durante uma passagem pela região.