A alimentação inclusiva é aquela que atende às pessoas com restrições, tanto por algum tipo de intolerância, como também às que optaram por um estilo de vida mais saudável, e de respeito aos animais e ao meio ambiente.
E foi justamente um desses motivos que levou a assistente social e hoje Personal Chef formada pela Nutrinew – Escola de Nutrição e Gastronomia – Clarissa Rabelo Bruno, a desenvolver comidinhas superespeciais, saborosas e delicadas.
– Em 2017 meu filho João Pedro precisou fazer uma dieta alimentar por excesso de peso. Então, me vi com a necessidade de fazer o impossível para um adolescente com 15 anos comer saudável e reduzir peso. Ele levava suas refeições e lanches para todos os lugares onde ia, e isso despertava curiosidade entre os amigos que, aos poucos, também passaram a receber um lanche, disse a chef Clarissa.
Clarissa Bruno, além de produzir refeições, lanches, doces, também faz treinamento para ensinar técnicas de culinária e praticidade no dia a dia em domicílio.
-A cozinha inclusiva se preocupa em uma proposta de repensar o ato de cozinhar, com empatia, favorecendo a inclusão de pessoas com restrições, necessidades alimentares, por opção ou alguma doença, explica ela.
A chef Clarissa Bruno entrou nesse mercado depois de ser dispensada, em 2017, de um trabalho formal em que estava há 20 anos.
–Foi então que nasceu ‘Feito à mão, culinária inclusiva’, com o objetivo de levar alimentação saudável a quem tem algum tipo de restrição, respeitando a necessidade e particularidade de cada indivíduo. Desde então tenho feito cursos de capacitação e formação. Temos um cardápio de lanches e refeições sem lactose e sem glúten, doces sem açúcar, com açúcar mascavo e demerara.
– Quais são as principais restrições alimentares?
-Atendemos muitos alérgicos a leite de vaca, a trigo, soja, aveia, cevada amendoim, ovo, castanhas, trigo, peixe e frutos do mar, pimentas e alguns condimentos. Há os que nos procuram por ter alguma doença ou porque desejam ter uma alimentação mais saudável por estilo de vida.
Clarissa destaca a importância dessa alimentação especial: “Em 1947 a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”. Seguindo esse conceito, uma alimentação livre de conservantes e outros insumos que causam algum malefício à saúde torna-se uma prevenção de doença, destaca ela.
‘A comida inclusiva’ pode ser e é muito saborosa’
A comida inclusiva é também para aqueles que desejam uma alimentação mais saudável.
– Para quem deseja uma alimentação mais saudável e ainda por cima saborosa. Não usamos caldos, ‘pozinhos’ ou outros temperos prontos que encontramos nas prateleiras dos supermercados prometendo milagres. Temos muitos temperos naturais que usamos a nosso favor.
A chef Clarissa Bruno esclarece que não tem loja física. Tudo é feito por encomenda.
-Atendemos por encomenda e fazemos entregas. Além disso damos capacitação e treinamento para quem deseja aprender um jeito simples e fácil de cozinhar.
Por Renata Castanho
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