Na semana passada teve início nos Estados Unidos um julgamento antitruste que pode forçar a Meta a vender o Instagram e o WhatsApp. A ação foi movida pela Comissão Federal de Comércio, que acusa a empresa de manter um monopólio no setor de redes sociais e sufocar a concorrência. O julgamento deve durar entre sete e oito semanas.
Segundo a Comissão, entre 2012 e 2020, cerca de 80% dos usuários estavam sob o domínio da Meta. A compra do Instagram por US$ 1 bilhão em 2012, e do WhatsApp por US$ 19 bilhões em 2014, teria impedido o surgimento de alternativas independentes. Uma das soluções propostas seria forçar a Meta a vender essas plataformas. Isso representaria uma ameaça significativa ao modelo de negócios da empresa, especialmente considerando que o Instagram é uma das maiores fontes de receita e o WhatsApp é crucial em mercados como o Brasil.
A Meta contesta as acusações com dois principais argumentos: que TikTok e YouTube também são redes sociais, logo há concorrência real; e que não há provas de que as aquisições causaram prejuízos a consumidores ou anunciantes. Se a Meta perder, poderá ser proibida de fazer grandes aquisições no futuro — e no pior cenário, forçada a se desfazer do Instagram e WhatsApp. A decisão também pode abrir precedente para processos contra outras big techs, como o Google, que está sendo investigado pelo Departamento de Justiça americano.
O desfecho, porém, pode levar meses ou até anos, devido à complexidade e o impacto global do caso. Me segue no instagram @marcelosander. Por uma internet melhor para todos, até o próximo artigo.