O Dropbox, um dos líderes globais de armazenamento em nuvem, anunciou que está encerrando sua oferta de espaço ilimitado porque alguns clientes a usavam para minerar criptomoedas.
Criptomoeadas, como você deve saber, são moedas virtuais, tipo Bitcoin. E tem dois jeitos de obtê-las: ou comprando de quem tem ou usando um computador para processá-las. Só que isso leva um tempo danado, além de precisar de computadores muito potentes. Então, alguns usuários do Dropbox estavam usando os servidores da empresa pra isso.
A empresa identificou que alguns clientes, ao aproveitarem indevidamente o espaço ilimitado, utilizavam milhares de vezes mais do que precisavam. É que uma das criptomoedas mais mineradas no Dropbox é a chinesa Chia. Ela tem um diferencial de outras moedas virtuais que funcionam com mineração através de dados processados. Ela usa o espaço em disco pra ser minerada.
Só que isso, em pouco tempo, pode estragar o HD ou o SSD do usuário. De acordo com o Dropbox, a mineração de Chia pode queimar um SSD em apenas 40 dias. Durante testes, alguns SSDs se tornaram inúteis após 5 meses de mineração.
Isso tem feito com que outras empresas de armazenamento, inclusive o Google, venham limitando cada vez mais seus espaços na nuvem. Inclusive o seu computador pode estar sendo usado pra minerar criptomoedas sem que você saiba.
O golpe é conhecido como crypto-jacking e está se alastrando como uma praga. A ação rouba os recursos de hardware do seu computador para minerar criptomoedas, só que para outra pessoa. Como resultado, uma divisão injusta: você paga as contas de eletricidade e manutenção da máquina (além de conviver com uma lentidão persistente no seu computador) e não recebe nenhuma recompensa por isso, as criptomoedas ficam com o hacker, claro.
É que minerar criptomoedas fica cada vez mais caro, precisando de uma quantidade absurda de processamento. Então os hackers dividem esse processamento usando várias máquinas simultaneamente, inclusive a sua, depois de infectada.
E como eles fazem isso? De várias formas, principalmente por meio de sites de compartilhamento de arquivos piratas. Se o seu computador parece estar ficando quente e mais barulhento que o normal, então você pode ter sido infectado. No Gerenciador de Tarefas do Windows você confere isso. Pra quem usa macOS, é no Monitor de Atividades.
Uma opção pra se proteger é usar uma extensão do navegador que bloqueia isso. No Google Chrome, os mais comuns são o minerBlock; o No Coin e o Coin-Hive Blocker. É só jogar no Google “como me proteger de mineradores de bitcoin”, e clicar em algum dos primeiros resultados da busca.
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