Raiva: uma realidade que ainda não foi erradicada

Queridos leitores, recentemente foram diagnosticados casos de raiva em humanos no estado do Rio de Janeiro, por conta dessas informações, achei prudente abordar esse assunto.
A raiva é uma doença transmitida por um vírus pertencente à família Rhabdoviridae, que se caracteriza por uma letal inflamação aguda do tecido nervoso, afetando em especial o cérebro, chamada de encefalite.
A raiva animal é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida aos humanos. Todos os mamíferos podem se infectar pelo vírus da raiva, sendo o prognóstico considerado grave na maioria dos casos, e fatal quando os sintomas começam a se manifestar.
Ainda que os casos de pessoas e animais domésticos infectados pelo vírus transmissor da raiva não sejam comuns, todos nós devemos nos precaver de sua ocorrência e, com isso, buscar o bem estar de todos e a erradicação da doença.
A raiva é transmitida pela saliva do animal infectado com o vírus para o animal saudável, por meio de arranhões, mordidas e até lambidas, e o animal infectado pode transmitir o vírus ainda no período de incubação da doença.
O tempo entre a exposição ao vírus e o surgimento dos primeiros sintomas é bastante relativo, podendo durar alguns dias ou até mesmo anos. Entretanto, existe uma duração média de 10 dias a 2 meses nos cães; e de 45 dias no homem adulto.
Mudanças de comportamento, aumento da salivação, mordidas no ar e dificuldade para deglutir são alguns dos sinais clínicos mais comuns.
Para comprovação do diagnóstico, a forma mais garantida é o exame laboratorial.
Apesar de ser uma informação bastante disseminada, vale a pena comentar que a raiva é uma doença que, infelizmente, não tem cura. Além de não ter tratamento e a letalidade dessa enfermidade ser de 100%, a duração da doença é bastante curta, levando o paciente (animal ou humano) ao óbito, muitas vezes, em menos de 7 dias.
Levar o seu pet para tomar a vacina anti-rábica anualmente é essencial para a prevenção contra a raiva.
Sem dúvida, a vacinação adequada de seu animal é a principal medida preventiva contra a raiva e outras doenças e, além disso, é um dos pilares da posse responsável e um dos caminhos essenciais para o desaparecimento da raiva animal e humana.
Ao ser atacado por um animal, busque imediatamente um serviço de saúde e mantenha o animal agressor em observação.
• Lave o ferimento com água e sabão o mais rápido possível. Em seguida, procure o posto de saúde mais próximo.
• Não mate o animal! Ele deve permanecer em observação por cerca de 10 dias, para que qualquer sinal da presença do vírus rábico possa ser identificado. Atenção: o animal deve continuar sendo alimentado normalmente, mas tome cuidado para que não fuja e ataque outras pessoas.
• Caso algo ocorra com o animal que o atacou, como morte, adoecimento, desaparecimento, etc, volte a procurar o serviço de saúde mais próximo.
• Jamais, sob nenhuma hipótese, interrompa o tratamento profilático sem ordens médicas.

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