De acordo com uma pesquisa feita entre 2011 e 2012 pela Escola Nacional de Saúde Pública Da Fundação Oswaldo Cruz, mais de 55% das brasileiras que tiveram filhos não haviam planejado a gravidez. As causas principais se dão através da troca, abandono do anticoncepcional ou a falha do método contraceptivo utilizado.
Segundo o ginecologista Fábio Marchon, o método contraceptivo mais eficaz é o Implante Hormonal (Implanon), com taxa de falha de 0,05%. O médico ainda cita o DIU e a Laqueadura Tubária como métodos com alta taxa de eficácia.
“(Implanon) é um método em que colocamos o implante à base de progesterona sob a pele e ele tem liberação diária do hormônio, evitando a gestação. Um outro método muito eficaz também é o DIU, em que colocamos o dispositivo dentro do útero. E temos a cirurgia também, em que realizamos a retirada das trompas ou uma parte delas – laqueadura tubária”.
Dentre os métodos contraceptivos citados, o Dispositivo Intrauterino (DIU) é o único oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que não há restrição de idade ou condição social. Apesar disso, Fábio esclarece que qualquer método contraceptivo traz risco de gravidez, mesmo que seja bem baixo.
A psicóloga Isabella Bravo explica que uma gravidez não planejada pode trazer consequências psicológicas. Depressão pós-parto, sentimento de culpa e dificuldades de criar vínculos com o bebê estão entre essas. Por isso, ela enfatiza a importância da psicoterapia. “Com o acompanhamento psicológico é possível que a mãe se prepare emocionalmente para a chegada do bebê, como também para a realidade da maternidade. Estar atenta à vida emocional e à saúde mental torna mais fácil desfrutar e viver de momentos importantes, auxiliando o vínculo afetivo da mãe com o bebê”, esclarece.
Se informar é a melhor prevenção para evitar uma gravidez indesejada
É importante consultar o seu médico e estar bem informada sobre a sexualidade e o método contraceptivo melhor para a sua saúde. Uma conversa clara com o ginecologista vai te ajudar na prevenção e no planejamento de uma gravidez.
Por Virgínia Carvalho, estagiária sob supervisão de Renata Castanho.