Que o petróleo move o mundo nós sempre soubemos mas, ultimamente, devido a sucessivos aumentos esse tema tomou ainda mais relevância.
Quase tudo em nossas vidas é influenciado pelo preço dos combustíveis, mesmo quem não tem veículo próprio sente o aumento diretamente no bolso.
Por isso que na coluna de hoje, falaremos sobre como é composto o preço da gasolina, vamos constatar o que pagamos de fato ao abastecer no posto de combustíveis.
Segundo a própria Petrobras “O valor pago pelo consumidor final não está sob gestão da Petrobras sendo composto por 4 fatores: 1) Preços do produtor ou importador de gasolina 2) Carga tributária 3) Custo do etanol obrigatório 4) Margens da distribuição e revenda”.
Vale destacar ainda que, os demais agentes da cadeira de comercialização, como produtores, revendedores e distribuidores de biocombustíveis, também influenciam na formação do preço final.
A maior fatia do preço da gasolina é formada por impostos. Há quatro tributos a incidir sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/PASEP e Cofins) e um estadual (ICMS). No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá da seguinte forma, 36% Petrobras, 27% ICMS, 13% Etanol anidro, 10% Cide, PIS/PASEP e Cofins e 14% Distribuição e revenda.
Em um exemplo prático, imaginando o valor do litro da gasolina a R$8,00 a decomposição do valor seria:
36% = R$ 2,88 (Petrobras)
27% = R$2,16 (ICMS)
13% = R$1,04 (Etanol)
10% = R$0,80 (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
14% = R$1,12 (Distribuição e revenda)
Como podemos ver, muita coisa influencia o preço da gasolina, e nem consideramos o valor do dólar, aumento ou baixa na produção de petróleo e mais uma série de situações que colaboram para abaixar ou aumentar o preço.
Agora que sabemos como o preço da gasolina é composto, não podemos esquecer do mais importante, as medidas para economizar, pesquisar o posto com o melhor preço, manter o carro revisado, atenção ao modo de dirigir e optar, sempre que possível, por meio de transporte coletivo ou que não dependa de combustível, assim seu dinheiro rende e o planeta agradece.
Pedro Lázaro – Mestrando em Sistemas de Gestão pela UFF. Possuo MBA em Engenharia Econômica e Financeira também pela UFF, MBA em Gerenciamento de Projetos, MBA em Engenharia de Custos, Graduado em Engenharia Civil. Atuo como consultor para empresas do setor de construção civil. Desenvolvendo serviços de análise de viabilidade econômica e financeira para empreendimentos imobiliários de médio a grande porte. Atuando na gestão, no gerenciamento do valor agregado, no planejamento e no orçamento de projetos de engenharia.