Antes da pandemia, professores, médicos e pesquisadores de diversas áreas já apresentavam alguns problemas que o uso excessivo de telas (principalmente do celular) poderia causar para o desenvolvimento infantil. Com a pandemia, a situação agravou-se, não só comprovando o que eles acreditavam, como também mostrando várias outras consequências negativas que o consumo excessivo de mídias eletrônicas pode causar.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o uso exagerado de eletrônicos pode causar diversos males, afetando o desempenho escolar e cognitivo das crianças. E ainda acarretando problemas de saúde mental (irritabilidade, ansiedade, depressão), atraso na linguagem, transtornos de alimentação e sono, problemas visuais, auditivos e posturais, comportamentos de risco associados a autolesões e drogas e ainda, causar dependência digital.
O problema não é oferecermos celular, tablet ou tv para o nosso filho. A questão é: com que frequência e por quanto tempo a criança utiliza?
Segue algumas dicas que podem ajudá-lo a diminuir o uso desses equipamentos com o seu filho:
1- Tenha uma conversa sincera, as crianças gostam de entender os porquês;
2- Crianças gostam de brincar. Que tal sentar para brincar um pouco com o seu filho?;
3- Estabeleçam horários para o uso e cumpram os combinados;
4- Sugira algo divertido para o pós-tela. Que tal cozinharem juntos?!;
5- Traga para o mundo real o que o seu filho gosta nas telas;
6- As crianças tendem a imitar os hábitos dos adultos. Evite telas na frente dos seus filhos.
A solução é bem simples: o controle do tempo e o acompanhamento DIÁRIO. Não se culpe por usufruir da ajuda desses recursos. Somos pais ativos e temos diversas demandas além da maternidade/paternidade, como casa, trabalho, relacionamentos. A tecnologia acaba por nos auxiliar em alguns momentos. Mas fique atento, ela pode estar atrapalhando mais do que ajudando.
Pedagoga, especialista em primeira infância, mãe, apaixonada pelo desenvolvimento infantil desde 2006.
@lachagas