Acompanhou semana passada a treta entre Spotify, Neil Young e Joe Rogan? Não? Então no artigo de hoje eu dou uma resumida pra você. É o seguinte: tudo começou quando o cantor e compositor Neil Young publicou uma carta em seu site oficial dizendo que gostaria que seu catálogo musical fosse removido imediatamente do Spotify, uma vez que a plataforma hospeda o podcast Joe Rogan Experience.
No podcast, Joe Rogan tem entrevistado pessoas contrárias à vacina contra a Covid-19. Segundo Neil Young, Joe Rogan seria um negacionista que espalha desinformação e fake news. De fato várias redes sociais, inclusive o Spotify, têm um grande trabalho diário deletando milhares de fake news de suas plataformas a partir da denúncia dos próprios usuários e também de inteligência artificial das próprias redes.
Só que, no caso de Joe Rogan, o Spotify assinou um contrato de exclusividade com ele em maio de 2020 no valor de US$ 100 milhões. Ele também foi o podcast mais ouvido da plataforma no ano passado, fatores que indicam a óbvia decisão da empresa de optar por Joe Rogan e retirar todas as músicas de Neil Young da plataforma. Em um comunicado oficial educado, a plataforma lamentou a decisão de Neil Young mas se disse aberta a receber suas músicas novamente, quando ele entender que for melhor.
O problema é que outros artistas, como Joni Mitchell e Nils Lofgren, além de podcasters como famosos como Brené Brown, em apoio a Neil Young, também estão retirando suas músicas e podcasts do Spotify. Será que é uma tendência? Ativismo no Spotify fazendo a plataforma ter que optar entre retirar o conteúdo de um para manter o conteúdo de outro? No fim das contas, isso é benéfico para as pessoas? Ou, em nome de uma causa, vale a pena perder parte da audiência (e do faturamento)?
Eu já preparei minha pipoca pra ver até aonde vai essa treta: se o Spotify vai continuar bancando conteúdo negacionista em nome da audiência ou se vai se render aos protestos de outros artistas e podcasters em nome de mais conteúdo em seu catálogo. E você, torce pra quem?