Esperança marca o retorno das aulas presenciais

Com o início da pandemia, alunos de rede pública e privada precisaram se encaixar no novo método de aprendizado: as aulas virtuais. Durante um cenário desesperador, muitos jovens viam dificuldade de se desenvolverem nos estudos virtualizados. Neste ano, 2022, a esperança retorna aos estudantes.

Na segunda-feira (31), a Prefeitura de Araruama publicou um decreto que regulamenta a volta às aulas na rede pública e privada do município. Nas escolas particulares, os estudos retomam 100% presenciais em todos segmentos: creche ao novo ano, ensino médio e superior.

Ainda de acordo com o decreto, as redes públicas terão início do ano letivo no dia sete de fevereiro, mas diferente das escolas privadas, as aulas serão inteiramente online para todo segmento e somente no dia sete de março que os alunos terão acesso às aulas presenciais. Em uma exceção, a Escola Bilíngue será a única rede pública com início das aulas no dia sete de fevereiro, presencialmente.

“Os pais viraram professores”

Thayane Bonotto, mãe de Guilherme Bonotto, viu o filho passar por problemas no aprendizado durante as aulas virtuais. Em 2020, o ano letivo foi totalmente online, já em meados de 2021, as aulas passaram a ter um esquema mais interessante: híbrido, uma semana de aula virtual e uma semana presencialmente. “Do meio do ano passado para cá melhorou um pouco porque ele tinha mais contato com o professor”.

Guilherme estudava na Escola Municipal Doutor João Vasconcelos e foi aprovado na Escola Bilíngue, onde iniciará no 6° ano e retornará ao presencial. Mesmo com a empolgação, algumas incertezas marcam essa volta. “Até fico preocupada porque ele ficou dois anos sem estudar, então ele vai sentir uma diferença grande. É como se ele tivesse vindo de um 3° ano direto para um 6°”, explica Thayane.

Guilherme Bonotto na Escola Bilíngue no dia 26 de janeiro para fazer a matrícula. Reprodução: Arquivo Pessoal

As dificuldades na adaptação após quase dois anos sem contato com aulas presenciais são esperadas, e com o aumento de casos da Ômicron no país tudo fica ainda mais cauteloso. Independente disso, Thayane está animada com o retorno do filho.

“Eu estou mais tranquila por conta da vacinação, se fosse no ano passado eu já preferia que ele ficasse em casa! Mas eu estou louca para ele voltar”, completa.

O retorno é esperado por muitos pais e alunos. O tempo perdido pode ser recuperado e seguindo os protocolos solicitados pela cidade, as aulas presenciais permanecem em segurança.

Por Virgínia Carvalho- Estagiária sob supervisão de Renata Castanho

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